Famílias do bairro Progresso relatam perda de alimentos, noites sem dormir e falta de resposta efetiva após operação da Celesc

Foto: Gentil Francisco | Divugação UABC
A moradora do bairro Progresso, de Criciúma, Hemily de Oliveira, não consegue esconder a revolta. Ela e dezenas de famílias estão há nove dias sem energia elétrica, após uma operação da Celesc que desligou operações clandestinas na região.
“A gente tá sendo tratado que nem bicho, que nem bicho mesmo”, desabafa.
Mãe de uma criança pequena, Hemily relata que a rotina virou um caos. Sem luz, a comida estraga, o gasto com transporte aumenta, e o medo cresce junto com o calor e os mosquitos.
“Daqui a pouco a gente vai estar comendo carne podre, porque não tem onde guardar. Fica levando e trazendo, descongela, congela de novo… já tá mudando a cor. Isso o que a gente consegue salvar, porque o resto já foi perdido”, disse, preocupada.
A alternativa apresentada por autoridades, segundo ela, seria pagar R$ 6 mil por um poste que atenderia todas as casas com um custo que seria dividido igualmente entre moradores, independentemente do consumo.
“Isso não é ajuda. Se a gente tem que comprar poste, fio e ainda pagar energia igual, que ajuda é essa? Eu mesma não tenho condição de pagar a minha parte. E se eu não pagar, ninguém compra. Então a gente vai ficar sem energia até quando?”, questiona.
A Celesc, em nota, negou que esteja instalando um poste coletivo e disse que esteve na comunidade para buscar soluções. A companhia afirma que qualquer medida será tomada com base em critérios de segurança e dentro das normas vigentes.
“Aqueles que queiram receber energia de forma regular devem procurar presencialmente uma das lojas da Celesc munidos dos documentos necessários e solicitar a ligação formalmente”, orienta a nota.

Foto – Divulgação
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