Com mais de 77 anos de carreira no jornalismo, lenda da comunicação esportiva morreu neste domingo (19) no Rio de Janeiro

Foto: TV Globo/Divulgação/ND
O jornalista Léo Batista, 92 anos, morreu neste domingo (19), no Hospital D’or, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, por conta de um tumor no pâncreas. Lenda da comunicação esportiva no país, o apresentador dedicou mais de 77 anos de carreira ao jornalismo.
Léo havia dado entrada no hospital no dia 6 de janeiro em decorrência de dores abdominais e desidratação e, nas últimas semanas, exames detectaram o tumor no jornalista.
De acordo com um dos familiares do comunicador, a condição médica de Léo ficou mais “debilitada desde a semana passada”.
Com início no radiojornalismo, Léo Batista migrou para a televisão e ficou conhecido pelas coberturas dos principais eventos esportivos como Copa do Mundo, Olimpíadas e corridas de Fórmula 1.
Ícone do jornalismo esportivo, Léo Batista somou 77 anos de carreira
Nascido em 1932, João Batista Belinaso Neto, o Léo Batista, nasceu em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, e iniciou a carreira aos 15 anos de idade.
O comunicador começou a trabalhar “emprestando a voz” para os alto-falantes da sua cidade, e tendo sua primeira oportunidade na rádio em 1940. Na carreira, ele usou o pseudônimo Léo, que era derivado do nome da irmã, Leonilda Batista.
Apaixonado por futebol e pelo Botafogo, Léo se mudou de São Paulo para o Rio de Janeiro em 1952. Nas terras cariocas, ele trabalhou mais de 50 anos na Globo e atuou por mais de 77 anos no jornalismo esportivo.
Entre um dos grandes feitos, o paulista foi o primeiro jornalista a noticiar o suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas e cobriu a morte do tricampeão mundial Ayrton Senna, em 1994, na Itália.
A grande oportunidade na comunicação esportiva surgiu em 1970, quando o botafoguense foi chamado para compor a equipe esportiva da Globo que cobria a Copa do Mundo no México, em que o Brasil foi tricampeão mundial.
Também conhecido como ‘”a voz marcante” da comunicação esportiva, Léo é motivo de inspiração e admiração por conta das memoráveis narrações de gols nos programas esportivos do Globo Esporte e Baú do Esporte, no quadro “gols do Fantástico”.
Fora do esporte, a lenda do jornalismo ainda apresentou o Jornal Nacional, o Jornal Hoje e os desfiles do Carnaval carioca.
Mesmo com a condição de saúde crítica, Léo Batista sempre enfatizou em entrevistas que amava sua profissão e que gostaria de continuar trabalhando com o jornalismo até o fim da vida.
Com informações do ND+