Ministério Público e Polícia Civil aguardam laudo com a causa da morte de Agnaldo Rosa, de 47 anos
A morte de um morador de rua em um dos dias mais frios deste ano em Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina, será apurada pelo Ministério Público. O promotor Gláucio José Souza Alberton quer saber se o óbito do homem de 47 anos ocorreu por falta de assistência do serviço social da prefeitura diante das baixas temperaturas.
Agnaldo Rosa morreu na quarta-feira (18), por volta das 20h. Ele estava deitado numa calçada na Rua João Emílio, no Centro, quando um colega percebeu que o homem não se mexia. A vítima estava enrolada em um cobertor e não tinha marcas aparentes de violência, de acordo com a Polícia Militar, que esteve no local.
Como se tratava de um dia de frio intenso em todo o Estado se levantou a hipótese de que a morte tenha relação com o frio. A Polícia Civil informou na tarde desta sexta (20) que ainda aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontando o que, de fato, provocou o óbito do morador de rua.
A polícia só abrirá inquérito se houver indícios de assassinato. Caso contrário, cabe ao Ministério Público cobrar da prefeitura uma posição.
O homem faleceu perto da prefeitura de Navegantes. O município não oferece abrigo permanente a moradores de ruas e por isso o promotor do MP quer saber se governo foi omisso no atendimento a Agnaldo, levando à morte dele. Outras cidades da região, como Gaspar, chegaram a abrir espaços para receber os moradores de ruas por causa do frio.
O secretário de Assistência Social de Navegantes, Aldo Decker, informou não acreditar que a morte tenha relação com as baixas temperaturas. Ele contou à reportagem que a prefeitura fazia acompanhamento da vítima e no dia anterior ao óbito entregou roupas e cobertores ao morador de rua.
Ainda segundo Decker, Agnaldo tinha problemas de saúde e sofria com o alcoolismo.
Com informações do NSCTotal