Trânsito

Motoristas divergem sobre obra na Serra do Rio do Rastro

Há quase um mês do acidente que destruiu totalmente um veículo, o trecho foi considerado pela Defesa Civil como instável em dias de chuva.

Foto: Kalil de Oliveira /Notisul

Foto: Kalil de Oliveira /Notisul

A instalação de telas de aço para contenção de rochas na principal ligação entre o Planalto Serrano e o Litoral Sul, a Serra do Rio do Rastro, em Lauro Müller, não é uma unanimidade entre motoristas que trafegam na SC-390. Há quase um mês do acidente que destruiu totalmente um veículo, no dia 14 de julho, o trecho foi considerado pela Defesa Civil como instável em dias de chuva.

“Em qualquer serra do mundo vai haver acidente com rochas. Isso faz parte do trecho de serra e sempre foi assim aqui. Toda essa propaganda é negativa. Nossa rodovia está abandonada, sem iluminação e com as canaletas entupidas. Isso eles não enxergam”, denuncia o comerciante Varlei Mariot, 50, de Lauro Müller, que, há 25 anos, trabalha próximo à SC.

Em visita a familiares em São Joaquim, neste sábado, Rosangela Gonçalvez, 35, de Nova Veneza, repetia o ritual de 11 anos entre o Litoral e o Planalto. Para a dona de casa, os acidentes ocorrem por imprudência dos motoristas. “Eu descia com o meu marido e o carro atrás de nós ficou cuidando do visual e bateu atrás. Levei um susto. A serra é assim. Se todo mundo souber os limites, não tem perigo nenhum”, orienta.

O casal Lurdes dos Santos, 56, e Dabro de Almeida, 61, de Blumenau, faziam, neste sábado, um tour de motocicleta, o segundo passeio pela região. “É uma adrenalina fora do comum. Como piloto da moto, eu não posso apreciar muito a paisagem e ainda tem a neblina e as curvas. Em alguns pontos não é possível enxergar o caminhão que está subindo”, alerta.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária – PMRv do posto do alto da Serra do Rio do Rastro, responsável pelo trecho, já existe uma orientação para o patrulhamento da área conforme as condições meteorológicas. Houve maior movimento, nas últimas semanas, devido às férias escolares, mas sem registro de acidentes.

Com informações do Jornal Notisul