Turismo

MP pede inquérito sobre situação de locomotiva de Tubarão

Foto: Marcelo Becker/DS

Foto: Marcelo Becker/DS

O Ministério Público de Santa Catariana instaurou, na 6ª Promotoria de Justiça da comarca de Tubarão, procedimento preparatório para verificar a situação de abandono da velha locomotiva, bem como do vagão anexo, localizados hoje na avenida Marcolino Martins Cabral, em Tubarão. O procedimento pede também a abertura de inquérito policial sobre o problema.

No procedimento, foi oficiada a Fundação Municipal de Cultura e Esporte de Tubarão, para que, no prazo de dez dias, informe “a que título a locomotiva foi instalada no local, bem como informe o responsável pela proteção e pela conservação da locomotiva, bem como se há qualquer medida do poder municipal visando a sua conservação”.

Também foi referido o Iphan, para que este informe quais medidas foram adotadas quanto à conservação da locomotiva, considerando a obrigação do órgão de zelar pela Memória Ferroviária Nacional. 

Ainda foi oficiado o prefeito Olavio Falchetti, para que se manifeste em dez dias sobre irregularidades apontadas sobre o abandono da maria-fumaça, bem como sobre a utilização do vagão para atender a interesses econômicos particulares.

A Secretaria Municipal da Fazenda foi requerida para que remeta cópia do alvará de funcionamento da lanchonete que se encontra instalada no vagão anexo à locomotiva, e para que sejam informados os dados do proprietário.

A Ferrovia Tereza Cristina também foi oficiada para que informe se a locomotiva lhe pertence, a que título foi instalada naquele local e quem se responsabiliza pela manutenção. Também foi determinada a expedição de requisição para a autoridade policial para a instauração de inquérito policial. 

Foi constatado, em abril de 2014, que a maria-fumaça que fica próxima à antiga estação rodoviária estava tomada de ferrugem. Já em novembro de 2015, o quadro foi mais pessimista, com piora no estado de conservação do símbolo, que apresentava também buracos na estrutura, cada vez mais enferrujada. Na cabine, o ferro continuava apodrecendo. E as lâmpadas colocadas para iluminar a locomotiva durante a noite não acendiam.

Procurada, a prefeitura de Tubarão na época alegou que a área é de propriedade da União e que, portanto, não é responsável pela conservação do local. Entretanto, o historiador e presidente da entidade mantenedora do Museu Ferroviário, dr. José Warmuth Teixeira, contestou a informação. De acordo com ele, tanto a locomotiva quanto a praça eram propriedade da Rede Ferroviária Federal, mas foram doadas à cidade de Tubarão em 1984, ano do centenário da Ferrovia Tereza Cristina.

Com informações do Jornal Diário do Sul