Geral

MPF denuncia três por contratos fraudulentos em loteamento de Jaguaruna

Acusados firmaram no mínimo 22 contratos de compra e venda em área de preservação

Foto: Ilustração / Sul in Foco

Foto: Ilustração / Sul in Foco

O Ministério Público Federal denunciou à 1ª Vara Federal de Tubarão três pessoas responsáveis por firmar, entre 2007 e 2014, diversos contratos fraudulentos para compra e venda de terrenos em um loteamento falso no município de Jaguaruna, no Sul de Santa Catarina.

Os denunciados – membros da mesma família – traziam nos contratos a informação, com o objetivo de convencer compradores acerca da regularidade do local, de que os terrenos faziam parte de um loteamento chamado "Maria Terezinha", no Balneário Camacho.

De acordo com o site Engeplus, além de não existir perante o Poder Público, o loteamento situa-se em área de preservação permanente e dentro de Unidade de Conservação Federal, na APA-Baleia Franca. Os denunciados jamais tiveram o domínio legal da área, cujas características também impossibilitam a instalação legal de energia elétrica.

Todos esses fatos foram omitidos dolosamente em pelo menos 22 contratos comprovadamente firmados pelos denunciados, o que constitui crime contra a Administração Pública, conforme o artigo 50 da lei 6.766/79.

Para o MPF, os denunciados potencializaram e incentivaram, com a venda dos lotes, a ocupação irregular e desordenada do solo, causando danos à Unidade de Conservação Federal e "consequências nefastas para o ordenamento urbano" de Jaguaruna.

Ainda segundo denúncia, colocaram em risco a integridade física dos moradores com a instalação de ligações clandestinas – "gatos" – de energia elétrica. Hoje, existem mais de 70 casas no local. A denúncia assinada pelo procurador da República Daniel Ricken, do Ministério Público Federal em Tubarão, foi recebida pela Justiça Federal.

Colaboração: Comunicação Procuradoria da República em Santa Catarina.