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Mulher descobre estar “morta” em SC e caso revela série de detalhes inusitados

Informações de cunho político constavam nos dados cadastrais da moradora no sistema federal de Saúde

Foto: Divulgação

Uma ida ao médico gerou uma verdadeira dor de cabeça para uma moradora de Blumenau nesta semana. A mulher de 36 anos não conseguiu fazer um exame no centro de atendimento a pacientes com suspeita de dengue porque o sistema indicou que ela estava morta. O erro revelou outras inconsistências inusitadas e de cunho político, citando o ex-presidente Jair Bolsonaro e o Partido dos Trabalhadores (PT).

O advogado dela, Telemaco Marrace, conta que a cliente estava se sentindo mal no fim de semana e decidiu buscar ajuda no centro instalado pela prefeitura na Furb. Durante o atendimento no último domingo (14, informou a Secretaria de Promoção da Saúde (Semus), a equipe não conseguiu solicitar um exame ao acessar o Sistema Nacional de Regulação (Sisreg), que é uma ferramenta virtual do Ministério da Saúde que organiza as solicitações. O protocolo não pôde ser concluído pois o Cartão Nacional de Saúde dela indicava que a mulher havia morrido em novembro de 2022.

Os servidores também mostraram para a paciente outras informações incorretas: nos dados pessoais, em vez do nome do pai dela, que faleceu em 2017, havia a seguinte frase: “Morto pelo PT”. Na etnia, constava que ela era indígena, o que não é verdade, comenta o advogado. Além disso, no lugar do e-mail da mulher estava escrito “bolsonaroeuteamo@odeioopt.com”. No suposto endereço dela, o nome da rua era “Eu amo Bolsonaro”.

Conforme a Semus, foi possível descobrir que as alterações no cadastro foram feitas em Pernambuco e Minas Gerais. A mulher nunca esteve em Minas, sustenta o advogado, que agora está ajudando a cliente a entender o que houve e o porquê. Ele pediu ao Ministério Público uma investigação, mas até a manhã desta quarta (17) a história ainda não havia chegado à promotoria, que deve se posicionar até o fim da tarde, afirmou o órgão. Um boletim de ocorrência foi feito pela mulher também na terça, mas a Polícia Civil ainda não se manifestou sobre o caso.

Para Telemaco, as “loucuras” descobertas no sistema de Saúde não fazem qualquer sentido porque a mulher, que é do Ceará mas mora em Blumenau com a família há anos, sequer tem alguma ligação política.

— Instrumentalizaram um sistema público para manifestação política. Aconteceu só com ela ou com mais pessoas? — lamenta o advogado.

Depois do episódio, a Semus fez um cartão provisório para que a moradora pudesse fazer o hemograma. Nesta quarta-feira de manhã, o Ministério da Saúde informou à prefeitura que atualizou o cadastro da paciente. Porém, não explicou nem à Semus e tampouco ao NSC Total o motivo dos erros.

De acordo com publicações do governo em sites oficiais, servidores da Saúde das esferas municipal, estadual e federal têm acesso ao Sisreg.

Com informações do NSC Total

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