Sem Categoria

Mulher doa rim para salvar a vida do marido

Foto: Reprodução RBS TV

Foto: Reprodução RBS TV

Até março de 2015, 60 transplantes de rim foram realizados em Santa Catarina. Nesta sexta-feira (8) esse número deve aumentar. Isso porque Tânia, mulher de Claudemir Guidini, vai doar o rim para o marido. Ele herdou uma doença genética da mãe e depende do transplante para sobreviver.

A cirurgia está prevista para a manhã desta sexta no Hospital São José, em Joinville, Norte catarinense, onde eles, que são há 25 anos, moram com os dois filhos.

Claudemir herdou da mãe uma doença que faz os rins crescerem e pararem de funcionar. Em 2014, a doença se manifestou. Um dos rins dele cresceu tanto que ele foi obrigado a retirá-lo. Nesse processo, quase acabou morrendo.

Todo ser humano tem dois rins, mas só precisa de um para sobreviver. O rim é responsável pela eliminação das sujeiras e o excesso de água que o corpo produz.

"Deu uma complicação, hemorragia interna, tudo que tinha pra dar deu. Eu fiquei lá em coma, uma semana, e ela lá coitada, firme e forte", conta ele, se referindo à mulher, que o amparou nesse período.

Compatibilidade

Os transplantes entre pessoas vivas, geralmente, acontecem entre parentes sanguíneos. "Mas neste caso isso não foi possível porque ele não tinha alguém da família compatível e também porque tem essa doença genética, o que não permitiria ele ter isso da família", explica a médica especialista em rins, Eloisa Rosso dos Santos.

Foi aí que Tânia resolveu fazer os exames para ver se ela mesma não poderia ajudar o marido. "Eu pensei: meu Deus, vou fazer os exames para ver e se der certo vou doar", conta.

Assim o Claudemir sai da lista de espera por um rim de alguma pessoa que já morreu. Na fila de espera para transplantes de rim, aparecem 297 pessoas no mês de fevereiro em Santa Catarina, entre potenciais receptores ativos e semiativos. No total são 24.145 pessoas à espera no Brasil todo.

Hoje, o transplante de rim é feito mesmo sem a combinação genética porque já existem remédios capazes de compensar isso após a cirurgia, mesmo que o risco do corpo que está recebendo não aceite o órgão e continue maior. 

Apesar de não ter a combinação genética com o marido, o que a Tânia tem é vontade de ajudar. "Ele merece. É um ótimo pai e marido, estamos sempre juntos, merece mesmo", finaliza Tânia.

Com informações do site G1 SC