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Museu ao Ar Livre de Orleans é reconhecido como patrimônio cultural brasileiro

O Conselho Nacional do Patrimônio Cultura do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan julgou a proposta catarinense de tombamento da instituição

Divulgação

Depois de mais três décadas de espera, finalmente, o Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, localizado em Orleans, foi reconhecido, por unanimidade, como patrimônio cultural brasileiro. Nesta quarta-feira (12), o Conselho Nacional do Patrimônio Cultura do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan julgou a proposta catarinense de tombamento da instituição, processo foi iniciado em 1987.

O professor Elcio Willemann, presidente Fundação Educacional Barriga Verde e reitor do Centro Universitário Barriga Verde – Unibave, e a diretoria do Museu ao Ar Livre, Valdirene Böger Dorigon, acompanharam o julgamento em Brasília. A Febave é a mantenedora do espaço cultural. Muaria Cecília Londres Fonseca foi a relatora do processo, a mesma que deu o parecer favorável ao projeto do museu na implantação.

Após muita expectativa, o reconhecimento é muito comemorado. “O nosso museu merece muito esse reconhecimento. Esse espaço cultural riquíssimo agora ganha visibilidade nacional e abre diversas oportunidades, potencializa e dissemina a história e a memória dos imigrantes ”, declara Valdirene. “A história da imigração europeia no sul catarinense merecia esse reconhecimento, pois possui contribuição importantíssima para a formação do povo brasileiro”, completa.

O Museu ao Ar Livre Princesa Isabel é uma instituição de caráter tecnológico, histórico e documental que preserva, pesquisa e divulga a cultura material de diversas etnias, destacando um acervo proveniente da imigração em Orleans e região sul de Santa Catarina. A expressão “ao Ar Livre” corresponde à forma de apresentação do acervo num ambiente natural e ecológico, destacando o modo de vida dos colonizadores no início do século XX.

O que muda com o tombamento

Valdirene destaca que o espaço cultural já era tombado pelo Estado de Santa Catarina. “Já tínhamos esse reconhecimento estadual, agora, finalmente, podemos dizer que o Museu ao Ar Livre Princesa Isabel é um patrimônio do povo brasileiro”, comemora. Ela ainda explica que o tombamento, além de um reconhecimento, é uma proteção. “Ou seja, quando você torna um bem tombado, ele deve ser conservado e mantido para as próximas gerações. Faz com que a nossa história continue a ser contada por muitas e muitas gerações. Mantém a memória viva”, acrescenta.

O Decreto-Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937, o patrimônio cultural é definido como um conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação é de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.

Saiba mais sobre o museu

Inaugurado em 30 de agosto de 1980, o Museu teve como principal idealizador o Pe. João Leonir Dall’Alba. É o primeiro do gênero na América Latina, instalado numa área de vinte mil metros quadrados de terra. As construções, de características tradicionais, abrangendo: capela, engenho de farinha de mandioca, estrebaria, galpão de serviços domésticos, cozinha de chão batido, casa do colono, cantina, meios de transporte, engenho de cana-de-açúcar, serraria pica-pau, oficinas artesanais, marcenaria, atafona, balsa, ferraria, monjolo e Centro de Vivências.

Além destas unidades citadas, também encontramos instalado nas dependências do Museu, a Casa de Pedra, que abriga o Centro de Documentação Histórica Plínio Benício (CEDOHI), salas de exposições e Laboratório de Conservação e Restauração (LACOR).

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