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Na luta contra leucemia há dois anos, jovem de Cocal do Sul encontra doador

Foto: Lucas Sabino/Jornal da Manhã

Foto: Lucas Sabino/Jornal da Manhã

Depois de quase dois anos lutando contra a leucemia, o jovem Renan Anjo Carvalho, de Cocal do Sul, conseguiu um doador de medula óssea e a batalha agora é para arrecadar recursos financeiros para as despesas com a realização do transplante. O aviso da localização de um doador compatível no Rio de Janeiro, foi repassado à família de Renan oficialmente no final do ano passado, mas só agora foram autorizados a externar a boa nova. “Foi uma felicidade sem tamanho. Eu tinha certeza que meu filho conseguiria um doador. Na hora certa Deus nos abençoou”, conta emocionada Eva Anjo, mãe do jovem.

Renan conseguiu remissão, como é chamada a cura do câncer, há cerca de 120 dias, depois de 19 meses de tratamento com quimioterapia. Apesar do diagnóstico negativo para a doença, existe a probabilidade de retorno, o que segundo o jovem, seria fatal. “O tipo de leucemia que eu tinha é muito agressivo e se voltar será pior ainda do que foi agora”, afirma Renan, acrescentando que a fase de remissão é considerada pelos médicos o melhor período para a realização de transplante. Ainda sem data marcada, a intervenção médica deve acontecer em quatro ou cinco meses no Hospital das Clínicas de Porto Alegre. “Com a localização de um doador agora começa o processo de preparação para o transplante. Tenho uma bateria de exames para fazer e uma nova consulta já está marcada para março”, explica Renan. 

Enquanto a data para o transplante não é marcada, a família do jovem começou uma campanha para arrecadar cerca de R$ 50 mil, quantia prevista para pagar despesas com transporte e hospedagem durante o período que ele deve permanecer em Porto Alegre. “Os valores foram baseados em outro caso de uma conhecida minha de Tubarão. Ela gastou em torno disso quando fez o transplante”, assegura o jovem, acrescentando que “segundo a equipe médica do Hospital das Clínicas, teria que mudar para Porto Alegre uns dois meses antes do transplante e permanecer por mais seis meses após a intervenção e a família não tem condições de bancar todas as despesas”.

Além de uma conta bancária que foi aberta pela família de Renan para doações em espécie, amigos e conhecidos do jovem estão programando uma série de atividades para ajudar a conseguir o dinheiro. “Meus amigos já estão confeccionando camisetas que serão vendidas, será feita uma paella beneficente no Parque Municipal de Urussanga e a unidade de câncer do Hospital São José deve fazer um pedágio solidário. São muitas pessoas que querem ajudar e agora, começamos a receber este apoio”, destaca Renan. Segundo ele, a família vai fazer prestação de contas de tudo que for angariado. “Se não usarmos todo o dinheiro arrecadado, vamos destinar para um paciente de leucemia ou para a Casa Guido, onde também quero ser voluntário depois de ser transplantado” conclui.

Com informações do Jornal da Manhã