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Navegador Amyr Klink compra casa no Norte de SC para abrigar barcos

Parte do acervo do Museu do Mar relacionada a ele se deteriorava. Administração do museu afirmou que melhorias estão previstas

Foto: Reprodução / RBS TV

Foto: Reprodução / RBS TV

O navegador Amyr Klink, famoso por travessias solitárias no oceano, comprou uma casa em São Francisco do Sul, no Norte do estado, para abrigar barcos e outros materiais de navegação.

De acordo com o G1 SC, no Museu do Mar, localizado na cidade, parte do acervo relacionada a ele estava se deteriorando devido às más condições do lugar.

Essa casa foi a solução encontrada por Amyr Klink para não tirar o material de navegação dele de São Francisco do Sul. A casa que ele comprou, tombada pelo patrimônio histórico, vai ter climatização e vai passar por melhorias no teto e no piso, para conservar as peças.

A residência fica ao lado do Museu do Mar, lugar que abrigava boa parte do acervo do navegador. A ideia de Amyr é unir os espaços e expor barcos e documentos ao público.

"Quero anexar ao museu para ter controle. Tenho documentos importantes, livros que estão na minha biblioteca. Que não faz sentido ficar na minha biblioteca, tem que ficar disponível pra consulta das pessoas", disse o navegador.

Más condições do museu

 

O material dele estava se deteriorando no Museu do Mar. Dentro do local, que não tem climatização, é fácil perceber a umidade, as paredes descascando e o mofo.

Um dos espaços mais procurados pelos visitantes do museu é a sala Amyr Klink. No local, ficava um dos barcos mais famosos do velejador, que ele usou pra fazer a travessia do Atlântico Sul há pouco mais de 30 anos.

Porém, a peça foi removida pra restauro por causa das condições do museu. "Meu barco estava com água dentro, se deteriorando", contou o navegador. "Aí olhei e falei: melhor tirar, fazer restauro bem feito e, quando terminar, barco volta pra cá", explicou.

O barco conhecido como Paraty IAT foi o companheiro de Amyr Klink na travessia solitária que durou mais de cem dias entre a Namíbia, no continente africano, e Salvador, na Bahia.

Mas se o Museu do Mar não passar por melhorias, a embarcação não volta para o acervo público e vai ser exposta na casa comprada pelo navegador.

Negociações

A junção do imóvel de Amyr Klink com o museu ainda depende de negociações. O navegador faz questão de manter os barcos dele em São Francisco do Sul por causa da ligação da cidade com o mar, mas lamenta a falta de conservação do museu.

"Eu queria que isso servisse de estímulo para o estado, para associação dos amigos do museu, para Secretaria de Cultura, para se inspirar e fazer processo em todo museu. Não tem sentido não ter climatização, o acervo é valioso e único", afirmou.

A coordenadora do museu informou que estão programadas melhorias no prédio e na rede elétrica do Museu do Mar para a instalação de ar condicionado. Mas ainda não há data para que isso aconteça.