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No dia do aniversário, orleanense é atacada por cão e fica gravemente ferida

No dia do aniversário, orleanense é atacada por Pit Bull e fica gravemente ferida

Foto: Mateus Mastella / Sul in Foco

O aniversário de 62 anos para Zuma Pinheiro Machado irá ficar marcado para sempre na vida dela e dos familiares. Infelizmente, de uma forma muito triste. A mulher convidou os entes queridos para participar de um jantar em casa, na localidade de Oratório, em Orleans. No cardápio, uma das suas especialidades: o risoto.

Ela desfiou todo o frango e estava preparando a receita quando resolveu pegar os ossos para dar aos cachorros na rua. Por volta das 19h dessa terça-feira (12), ela abriu a porta de casa, saiu para a rua e seu aniversário não seria mais o mesmo.

Na hora em que foi jogar os ossos para os cães, um animal da raça Pit Bull, misturado com a raça Chow Chow, pulou em Zuma de forma surpreendente, cravando os dentes em seu braço. O animal é de um vizinho da mesma rua onde ela mora. A mulher foi derrubada com a força do impacto e começou a gritar por socorro.

Em dois minutos, ela se viu desesperada, sem saber o que aconteceria e se estaria viva para contar esta história. “Eu vi a morte chegando”, relata a senhora, que, humildemente, recebeu a reportagem do Portal SulinFoco. Ao gritar por ajuda, uns dos vizinhos foi na direção dela para socorre-la e, antes mesmo de ele ver a cena, Zuma ouviu do homem dizer: “pode ver que é aquele cachorro grandão que atacou a dona Zuma”, recorda-se.

Os ferimentos no rosto, nas costas, nos dedos dos pés e a hemorragia por causa da mordida do animal se transformaram em desespero. Urgentemente, ela foi levada para a Fundação Hospitalar Santa Otília – FHSO e precisou ser atendida rapidamente. Foi medicada e tem que agora tomar sete remédios por dia. E o pior: o psicológico amedronta ao relembrar da cena horrível, que insiste em não sair da memória.

“Foram dois minutos, mas é algo muito surreal, muito demorado. Deus colocou um anjo da guarda porque eu fechei o meu braço e isso me protegeu, além das pessoas que me ajudaram. Deus foi muito bom comigo, porque estou querendo me recuperar”, desabafa. Por mais que já fazem algunses dias do susto, ela ainda precisa ter uma
atenção especial para a recuperação, já que o rosto também foi deformado e a panturrilha precisou ser costurada, por causa da violência do animal.

Ela vai ao hospital todos os dias, precisa comprar os remédios e, aos poucos, com o espírito forte e sem perder a fé, acredita que tudo irá passar. “Fim do ano eu quero e vou estar bem”, determina.

No dia do aniversário, orleanense é atacada por Pit Bull e fica gravemente ferida

Foto: Mateus Mastella / Sul in Foco

“Para mim, o cachorro é o espelho do dono”

Uma das três filhas de Zuma, Jamile Teixeira Machado, não esconde a indignação do que aconteceu com a mãe. Ela mesmo conta que ficou muito nervosa na hora e que poderia acontecer com qualquer um da cidade. “Para mim, o cachorro é o espelho do dono. Aquilo que o dono passa, o cachorro demonstra para as pessoas. Ainda bem que a minha mãe está se recuperando, mas imagina se ele pega uma criança? Meu Deus, nem quero imaginar”, supõe.

Enquanto recebeu a reportagem para contar os detalhes do ocorrido, Zuma vê na família a esperança e a recuperação mais rápida. A crença em Deus e o modo de acreditar que nada é por acaso faz da senhora juntar forças para erguer e cabeça e fazer com que isso não volte a ocorrer em sua cidade. “Espero que esta matéria ajude as pessoas que tem dificuldade, porque tem muitos relatos de pessoas mordidas por cachorro aqui em Orleans. Algo precisa ser feito por partes dos donos, porque são animais que ficam nas casas, mas que fogem”, alerta.

Nem as marcas e os curativos diminuem o ânimo da senhora de 62 anos, que já planeja uma nova janta para comemorar o aniversário em meio à gargalhada. “Ainda vou fazer um risoto para toda a minha família, porque estou viva”, agradece Zuma, que já recebeu o primeiro presente, uma calça, e espera ainda muito mais. “Nem
precisa ser material, um abraço e saúde para viver, pra que mais?”, finaliza.

Bate-papo com Zuma

Sul In Foco:
A senhora ainda está assustada?
Zuma:
Eu ainda fico imaginando a cena, não consigo dormir, me incomoda muito. É assustador ao relembrar tudo aquilo, mas, na graça de Deus, eu estou melhorando.

Sul in Foco:
O que faz a senhora ter força para seguir com o sorriso no rosto?
Zuma:
Eu sempre fui movida pela fé e não será hoje, depois de alguns sustos, que isso irá me abalar. Eu sempre vou seguir neste caminho, movido pela minha crença em Deus.

Sul In Foco:
Por que a senhora resolveu dar a entrevista?
Zuma:
Eu queria mostrar a minha situação, porque olha o meu rosto, o meu corpo, imagina se ele pega uma criança? Como ficaria? Então é preciso mostrar para que as pessoas tenham consciência do risco que se corre todos os dias, das situações mais inesperadas.

Sul in Foco:
A senhora já passou por algo parecido?
Zuma:
Uma vez a minha filha teve o acidente e quebrou os dois braços. Eu estava voltando do hospital, bateram no meu carro e eu levei 168 pontos. Também tive câncer de mama, mas nunca desisti. Estou firme e forte.

Colaboração: Mateus Mastella / Sul in Foco

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