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Nova proposta é rejeitada e greve é mantida

O reajuste patronal é bem abaixo do esperado

Indignação, este é o sentimento dos bancários após a proposta lançada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), nessa sexta-feira, que oferece um reajuste de 7,1% sobre o piso salarial para a categoria, índice bem a baixo da negociação que a classe espera há vários dias.

A contraproposta dos bancos foi apresentada à Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação (CEBNN/Contec), em São Paulo.

Apesar do avanço em seu valor inicial de 6,1% para os atuais 7, 1%, os bancários reconhecem que o novo índice ainda está bem irreal frente às reivindicações da classe, que busca aumento de 11,93%.

Conforme reportagem do jornal Notisul, os bancários consideram injusto o novo índice se comparado aos autos valores lucrados pelo setor na economia brasileira.

“Estamos indignados, não vamos aceitar sem um acordo mais justo para os trabalhadores. Vamos continuar a greve sim! Pelo menos, até novas negociações”, garante o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região (SEEBTR), Armando Machado Filho.

A orientação é fortalecer e intensificar a paralisação. “A tendência é que o movimento fique mais forte”, completa Armando.

Para o corretor de imóveis Paulo Marcos, a greve atrapalha muito os negócios imobiliários.

“Perdemos muitas vendas. Sem os bancos, os financiamentos não andam. Em nosso trabalho as pessoas nos procuram para adquirir um imóvel, mas se a venda demora a fechar, muitos acabam adiando a compra”, lamenta Paulo.

Reivindicações dos grevistas

Além de um reajuste de 11,93% por aumento salarial, estão incluídas melhores condições de trabalho, fim de demissões, plano de cargos e salários, auxílio-educação, prevenção contra assaltos e sequestros e igualdade de oportunidade para bancários e bancárias.