Segurança

Número de mortes por afogamento em áreas particulares cresce no verão em SC e gera alerta

Segundo a corporação, o número de óbitos em piscinas, lagos e açudes cresceu de 3 para 13 de uma temporada para outra

Divulgação

As mortes por afogamento em propriedades privadas — lagos, açudes e piscinas, por exemplo — em Santa Catarina saltaram de 3 para 13 de um verão para o outro, um crescimento de 333%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Corpo de Bombeiros, e fazem parte da Operação Veraneio, que durou de 18 de dezembro até este domingo (23).

No total, 26 pessoas morreram afogadas em Santa Catarina no período da operação. O maior número de vítimas, 15, se afogaram em água doce, em áreas sem salva-vidas. Já o número de mortes em propriedades privadas já supera as vidas perdidas pela mesma razão em praias, que foram 11.

A corporação reforçou que o perigo que propriedades privadas representam é justamente não ter monitoramento dos bombeiros e pediu atenção para o aumento de mortes nesses casos.

Ao todo, os bombeiros resgataram 1.645 pessoas de afogamento em Santa Catarina no período. Segundo o CBMSC, com exceção de uma mulher, todas as vítimas foram homens, com idade média de 30 anos.

Conforme o CBMSC, nesta temporada, a “corporação esteve em 36 municípios, 169 balneários/estâncias, 442 postos de guarda-vidas (fixos e cadeirões). Além disso, serão 2.130 guarda-vidas civis voluntários e também de 80 guarda-vidas militares”.

Dicas para prevenir afogamentos

Crianças e idosos merecem atenção permanente quando estão se banhando em piscinas, rios, praias ou lagos, pois são mais vulneráveis aos perigos;
Adultos têm maior estatística de afogamento e os motivos comuns de afogamento são: consumo de bebidas alcoólicas, excesso de confiança, desconhecimento sobre os perigos e falta de prática de natação;
Não é recomendado nadar após ingerir bebida alcoólica;Verifique a profundidade da piscina em que você e sua família frequentam;
Nas praias, todos os dias, os guarda-vidas verificam as condições do mar e sinalizam os riscos por meio das bandeiras vermelhas. Os principais riscos são as correntes de retorno. Procure nadar nos locais que têm guarda-vidas, afastado das bandeiras vermelhas;
Se você presenciar um afogamento, acione o socorro e arremesse um objeto flutuante para a vítima. Não tente fazer o resgate sem treinamento, pois você poderá ser mais uma vítima;
Água no umbigo é sinal de perigo;
Não ande sobre pedras ou costões que possam trazer riscos;
Em caso de emergências, ligue 193.

Número de crianças perdidas é alto

Em 4 de janeiro, o número de crianças perdidas na praia durante a operação veraneio já era mais que o dobro em relação ao mesmo período do ano passado. Nesta temporada, 1.211 crianças se perderam dos responsáveis no litoral catarinense. Dessas, 250 se perderam entre o Natal e a virada de ano.

— O Corpo de Bombeiros possui pulseirinhas distribuídas gratuitamente nos postos de guarda-vidas, para identificação de crianças e demais pessoas que necessitem — alertou a corporação.

Com informações do NSCTotal