Saúde

Números da mortalidade infantil estão com MP

Foto: Divulgação

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Com 10,3 óbitos a cada mil nascidos e 1/3% das crianças morrendo fora de município por falta de assistência especializada, segundo dados da Vigilância Epidemiológica de Criciúma, o Ministério Público deverá passar agora a tomar posição em relação ao problema de mortalidade infantil.

O Promotor Público Federal, Darlan Airton Dias solicitou todos os relatórios das entidades envolvidas e do Comitê de Mortalidade Infantil após acompanhar  reunião da noite dessa segunda-feira, dia 7, do Conselho Municipal de Saúde. “Eu vim para ouvir mais e falar menos, no entanto, fiquei perplexo com a prefeitura alardeando que é a segunda melhor cidade em saúde do Brasil enquanto falta resolutividade. O São José não faz atendimento adequado a gestante,  a UPA não foi aberta, o Materno Infantil está inacabado entre tantos descasos”, pontuou o promotor.

Ele ressaltou ainda estar observando de perto os plantões contínuos por apenas um profissional no Materno Infantil focado na preocupação com a segurança das crianças. Na segunda reunião sobre o assunto, o presidente do Comitê de Mortalidade Infantil, Rude Rosenstengel Júnior  repassou as recomendações para reduzir a taxa de mortalidade como: Organização ambulatorial com atenção às gestantes; adequação dos serviços e a criação de serviço de assistência para a gestante de alto risco e recém-nascido; acesso aos serviço hospitalar obstétrico para situações e alto risco entre outras necessidades.

Durante a exposição o médico desabafou: “Ninguém se interessa por criança que morre precisamos ser ouvidos por alguém”, criticou. Para o presidente do Conselho Municpal de Saúde, Júlio Zavadil, foi importante a disposição do promotor em participar deste encontro porque o Ministério Público tem sido parceiro fiel do Conselho nas denúncias em relação as questões de saúde envolvendo o município”, destacou Júlio.

Colaboração/Maristela Benedet