Saúde

O ato de generosidade na doação de órgãos

Por lei, familiares podem ser doadores até o quarto grau de parentesco, o que estiver fora deste parâmetro, somente com autorização judicial.

Foto: Divulgação

Existem duas formas de doar órgãos. A ação pode acontecer por meio de doadores vivos ou falecidos. Em vida as pessoas podem doar rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea. Por lei, familiares podem ser doadores até o quarto grau de parentesco, o que estiver fora deste parâmetro, somente com autorização judicial.

A doação de órgãos para pessoas falecidas já é diferente, para ser um doador, a pessoa precisa ter deixado claro em vida, sua intenção, após a morte, a família precisa concordar com a intenção do familiar (falecido).

O doador falecido é a pessoa com dano cerebral irreversível, com constatação de morte encefálica, causada por traumatismo craniano ou acidente vascular cerebral.

Quando acontece a morte encefálica, são realizados uma série de exames para constatar o dano cerebral, somente após o resultado destes exames o médico neurologista pode dar o diagnóstico.

Apesar da dor dos familiares por ter perdido um ente querido, a doação de órgãos é um ato de amor e de generosidade.

Dados estatísticos

Em Santa Catarina, até agosto deste ano, já foram notificadas 375 pessoas vítimas de morte encefálica e apenas 180 efetivaram as doações; porém, existem cerca de 370 pessoas na fila, a espera de um órgão para poder continuar vivendo. Destas, 322 pessoas aguardam por um rim.

O Estado de Santa Catarina é o que mais realiza doação de órgãos no país. Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes – ABTO, são 40,8 doadores por milhão de habitantes, sendo que no Brasil a média é de 16,6 doadores por milhão de habitantes.

Comissão no Hospital São José

A Comissão Hospitalar de Transplantes – CHT do HSJosé existe na Entidade para dar suporte no processo de captação, doação, bem como ao atendimento dos familiares dos pacientes doadores.

O grupo formado por uma equipe multidisciplinar do próprio hospital, faz todo trabalho de notificar os casos, conversar com os familiares e informá-los sobre a importância da doação, além de participar do processo de captação e assegurar que os órgãos saiam do hospital em segurança e cheguem até a central de transplantes.

“Trabalhar neste processo de doação, nos fez enxergar uma sociedade solidária. Doar é estender a mão há alguém sem ao menos conhecer. O ato acontece, pois as pessoas são movidas pelo amor para ajudar alguém”, aponta Daniela Luiz, coordenadora da CHT do HSJosé.

No HSJosé somente este ano, foram abertos 18 protocolos para captação de múltiplos órgãos e efetuadas oito doações. De 2015 a 2017 a CHT teve 102 protocolos abertos com constatação de morte encefálica, e foram realizadas 44 captações.

Apesar de muitas pessoas já saberem sobre a importância da doação de órgãos, grande parte da população desconhece sobre o assunto e como o processo acontece, por isso a necessidade de estar atento a ações de conscientização e esclarecimento realizadas por hospitais e Centrais de transplante do Brasil.

Hoje e amanhã (27) no dia nacional de conscientização do doador de órgãos, o HSJosé por meio de sua equipe multidisciplinar, realiza internamente, uma blitz de conscientização com pacientes, familiares e visitantes do hospital sobre a importância da doação de órgãos.

Órgãos que podem ser doados:

Doador falecido: Coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões. Portanto, um único doador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico, como qualquer outra cirurgia.

Doador vivo: rins, parte do fígado ou do pulmão e medula óssea.

Colaboração: Comunicação Hospital São José

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