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O governador Colombo e a presidente Dilma

Foto: Divulgação

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O governador do Estado de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), assinou a carta de manifesto de apoio a presidente Dilma Rousseff (PT), junto com outros governadores da base aliada. Reiterou sua gratidão, apoio e fidelidade à presidente Dilma.  O que intriga muitos catarinenses, até mesmo os correligionários mais próximos do governador, é o tamanho da difamada dívida de gratidão que supera a luta contra a corrupção em favor da moralidade pública, o descontrole da inflação e o alto índice de desemprego. Que divida é esta que faz de Colombo refém de Dilma?

Politicamente, Colombo tem um estilo de governar pacífico e um tanto quanto submisso aos aliados. No seu governo, mantém uma relação de submissão e pacificidade ao PMDB catarinense ao ponto de tornar-se refém dos próprios aliados. É impossível esperar um discurso crítico, profético, revolucionário, inflamado e libertador do atual govenador. Colombo não reage. É por isso que sua divida de gratidão constrange, envergonha e intriga seus correligionários.

Na imprensa, Raimundo Colombo afirma que é grato à presidente Dilma pelos recursos liberados para os investimentos em Santa Catarina – recursos do dever republicado de um chefe de Estado. A presidente não faz um favor para Santa Catarina. Ela está cumprindo com sua função. É isso o que torna incompreensivo o penhor de gratidão de Colombo.

O govenador deve ser grato aos professores que estão na luta para aprovar o plano Estadual da Educação; o governador deve ser grato a Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros que está enfrentando uma onda de violência espalha pelo estado, como em Joinville e Criciúma; o govenador deve ser grato aos profissionais da saúde que lutam para manter abertas as portas dos hospitais, como é caso do Hospital Municipal Henrique Lage de Lauro Müller; o governador deve ser grato aos seus prefeitos, de modo especial, aos seus aliados, não permitindo que eles mendiguem com o pires nas mãos em Florianópolis. O governador deve ser grato aos prefeitos de Lauro Müller e Orleans – correligionários e cabo-eleitorais – não engavetando os seus pleitos e abandoando a SC-390 e a Serra do Rio do Rastro.

A dívida de gratidão do governador Raimundo Colombo com a presidente Dilma é algo difícil de entender. Não entende seus aliados e aplaude a oposição, diga-se, o PT.  

Mas o peso desta dívida não deve recair somente a Colombo, é bom lembrar que PMDB e PP dão sustento a presidente e ao governo do PT. PMDB, PSD e PP participam do desmonte do Estado Brasileiros.  Estamos diante de uma fraude suprapartidária. Em que alguns reagem com o silêncio e outros na cumplicidade de uma dívida de gratidão.

Telefonema vindo de Lauro Müller

Liderança do município de Lauro Müller entra em contato com a coluna para dizer que a eleição em Lauro Müller poderá realmente ser polarizada entre duas coligações: de um lado PSD, PSB e PSDB, e, do outro, PP, PMDB e PDT. “A continuidade x a mudança”. Ainda tenho dúvidas.

Mensagem em box

Mensagem recebida em box de um atento leitor de Orleans diz que o PSD local já superou as diferenças internas. Falta então comunicar ao governo e à sociedade.

Conexão Capital

Uma conversa rápida com o jovem vereador Pedrão (PP), de Florianópolis, nos corredores da Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, foi o tempo necessário para perceber que o vereador afina um projeto político para 2016. Basta saber se tem vez dentro das fileiras do PP.