Papo Psi

O luto sob o olhar da Psicologia

A colunista e psicóloga Morgana Velho Sartor fala sobre o luto na vida das pessoas e seus processos até a aceitação da perda.

Divulgação

As perdas fazem parte de nossas vidas, mas nunca nos acostumamos com elas. Perder frustra, machuca, dói… É uma experiência individual e única para cada pessoa.

O luto é a experiência psicológica diante destas perdas. Esta experiência não afeta só o emocional, mas também pode afetar outras áreas da vida, como o físico e o social.

Muitas pessoas associam o luto somente à perda da morte, mas esta reação também pode ocorrer diante do término de um relacionamento, a perda de um emprego ou de algo com muito valor afetivo.

Normalmente o luto é resolvido com o tempo, de forma natural. Autores identificam cinco estágios até que o luto se resolva. Nem sempre estes estágios ocorrem de maneira linear, ou são vividos por todos, mas são importantes para entender o processo.

Negação: Este é o estágio onde a pessoa percebe a situação. Inicialmente é difícil entender e aceitar o que aconteceu. Ocorre como uma forma de proteção para que os sentimentos não acabem totalmente com a estabilidade emocional.

Raiva: Esta é a fase da revolta, quando a pessoa questiona sua perda e tenta buscar culpados. A raiva é jogada em terceiros, como médicos ou no porquê Deus deixou isso acontecer.

Negociação: Neste estágio a pessoa começa a negociar para ter a vida que tinha antes da perda. Ou negocia consigo mesmo que tentará ser uma pessoa melhor e estar mais próximo das pessoas. No exemplo de um término de relacionamento, a pessoa tenta barganhar dizendo que irá mudar, que irá se dedicar.

Depressão: Neste período há uma tendência a se isolar de outras pessoas. É um momento onde a tristeza toma conta, pois o indivíduo percebe que não há volta. Apesar do isolamento desta fase, é importante que as pessoas próximas ofereçam suporte e carinho.

Aceitação: A tristeza e a saudade ainda podem existir, mas todos os sentimentos negativos dão espaço à aceitação. É o momento em que se encontra a paz e que o indivíduo aprende a conviver com a mudança.

Não existe segredo ou método para que o luto não aconteça e ignorá-lo não é a melhor alternativa. A melhor forma é aceitá-lo e elaborá-lo. Para que este processo seja menos doloroso é importante aceitar a perda, expressar o que está sentindo, experimentar a dor, se adaptar a viver sem a pessoa ou objeto perdido e vivenciar o espaço para transformação.

Notícias Relacionadas

Psicologia auxilia no combate ao tabagismo

Vigário paroquial de Capivari de Baixo, padre Hilário Puziski, morre aos 79 anos

Morre Waldemar Colonetti, presidente da Aproet, aos 76 anos

Coronavírus: Hospital São José conta com residentes de psicologia para atendimento aos colaboradores

Em parceria com a Unesc, profissionais iniciam atendimentos esta semana aos profissionais e familiares de pacientes diagnosticados com a Covid-19