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Obra da Penitenciária de Imaruí é embargada

Decreto que anula o alvará de construção foi assinado ontem pelo prefeito Manoel Viana (PT)

Foto: Reprodução/Notisul

Foto: Reprodução/Notisul

Muita água vai passar por debaixo da ponte até a concretização do projeto de construção da Penitenciária de Imaruí. Se é que a obra vai sair mesmo do papel. Se para alguns o investimento do estado é sinal de crescimento econômico, para outros a unidade prisional coloca em risco a rotina da pacata cidade com baixos índices de criminalidade.

Ontem, o prefeito Manoel Viana (PT) assinou um decreto que anula o alvará de construção da penitenciária. “Sem autorização, a obra está embargada”, reitera a vice-prefeita Elina Vieira Roussenq (PMDB). Mesmo diante da mobilização da população – a maioria dos moradores é contrário ao investimento, o estado não recuou.

Tanto que na quarta-feira estava marcado o início dos trabalhos de terraplanagem do terreno, na localidade de Sertão de Cangueri. O serviço foi adiado para a próxima segunda-feira porque os moradores impediram os funcionários da empresa contratada de ligarem as máquinas.

Depois, em uma carreata, seguiram para a prefeitura em sinal de protesto. Várias manifestações públicas similares ocorreram ao longo do ano passado. Sem saber o que fazer, os funcionários da empresa foram embora.

Ontem, apenas a Polícia Militar estava no local para assegurar que o maquinário da empresa não fosse danificado. A informação na cidade é de que a empresa tentará iniciar a terraplanagem na próxima segunda-feira.

“O clima está tenso. A população já começou a se organizar para uma nova manifestação na (próxima) segunda-feira. Imaruí está em pé de guerra e a população está disposta a tudo para impedir esta obra”, avisou Elina em entrevista ao jornal Notisul.