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Obra nos molhes da barra do Camacho é avaliada em R$ 1,2 milhão

Audiência com o governador Raimundo Colombo, na próxima semana, servirá para sensibilizar o estado da necessidade urgente deste investimento

O trabalho de dragagem da barra do Camacho, em Jaguaruna, é paliativo. A solução definitiva para a abertura do canal está em duas obras pleiteadas há tantos anos que ninguém mais lembra quantos: a ampliação de 150 metros dos molhes nos lados norte e sul (dentro do mar) e o término da proteção de pedras no lado norte.
Estas obras estão orçadas em R$ 1,2 milhão. A verba chegou a ser pleiteada junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em 2010, mas o projeto ficou fora dos investimentos previstos para aquele ano.

Depois, chegou-se a cogitar a inclusão na segunda edição do programa federal, o PAC 2, mas ficou por isso. Agora, uma nova oportunidade surge. Na próxima terça-feira, o governador Raimundo Colombo conhecerá uma prévia do projeto. O documento já é preparado pela prefeitura de Jaguaruna.

"Mesmo com esta obra, a dragagem sempre será necessária, não com tanta frequência. Além disso, este investimento, aliado à redragagem do Rio Tubarão, seria o complemento ideal para a prevenção de cheias na região", destaca o gestor da cidade litorânea, Luiz Napoli.

O projeto executivo, para então pleitear os recursos, conforme sugestão do governador, será feito possivelmente pela Amurel. Segundo o Jornal Notisul, enquanto isso não sai do papel, o secretário estadual de agricultura e pesca, João Rodrigues, confirmou que a dragagem da Barra do Camacho será feita antes da do Rio Carniça, em Laguna.

“Não podemos é deixar os pescadores artesanais sem o seu sustento. Falamos em nome de cerca de duas mil famílias que tiram da barra o seu sustento", reivindica o prefeito.

Dragagem da barra

Mais de duas mil famílias de pescadores artesanais dependem da abertura periódica da barra da Lagoa do Camacho, em Jaguaruna. O processo de dragagem é necessário para manter a salinidade e possibilitar a entrada de peixes e crustáceos.

Para isso, a solução é a dragagem periódica do canal, o que é feito de tempos em tempos. No ano passado, 64.625 metros cúbicos de areia foram retirados do local. O valor é equivalente a cerca de 10,8 mil caminhões de areia. O trabalho, executado pelos profissionais da gerência da Cidasc em Tubarão, não chegou a ser concluído.

Isto porque, como a barra está aberta, a areia é removida de um lado e o mar traz de outro. Hoje, o assoreamento do canal está bastante acentuado o que prejudica a pesca e aumenta consideravelmente os riscos de cheias em Jaguaruna, Laguna, Treze de Maio e Tubarão.