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Obras do asfalto entre o Camacho e Laguna vão parar no verão

Um trecho da camada asfáltica já começou a ser colocado. O serviço, que iniciou há dois anos, melhora o acesso às praias.

Foto: Jornal Notisul

Foto: Jornal Notisul

O prazo para a obra ser entregue era fevereiro deste ano, mas somente há poucos meses o cenário começou a mudar na SC-100, no trecho entre o Balneário Camacho, em Jaguaruna, e a balsa, em Laguna. Quem passa pela rodovia já consegue ver um trecho com um pouco da capa asfáltica e a terraplanagem quase concluída.
 
Para aqueles que dependem da estrada, as melhorias já ajudam. “O movimento é muito intenso aqui na região, com o pouco que já foi feito, o acesso melhorou muito. É bom ver que as máquinas trabalham, esperamos que o serviço continue com esta força”, pede o comerciante Gilmar Peixoto Camilo.
 
Representantes do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) acreditam que até o Natal, boa parte dos serviços fique pronta. “Até o fim do próximo mês, esperamos que aquele trecho tenha toda a terraplanagem pronta e a nossa intenção é que desde a Balsa até a praia do Farol, ambas em Laguna, fique com a capa asfáltica pronta, aguardando somente os acabamentos”, prospecta o diretor do Deinfra, Paulo Meller.
 
Conforme reportagem do jornal Notisul, com a proximidade do verão, a expectativa é deixar a obra em boas condições para o tráfego de veículos na localidade. Segundo Meller, a intenção é que o trecho do Farol receba uma camada de rachão (pedra britada em grandes dimensões) para que possa ser utilizada na alta temporada. Contudo, durante a época de veraneio, os serviços irão parar na região.
 
“Como o movimento é muito intenso, não temos como continuar no local. As obras devem ser retomadas após a alta temporada”, adianta Meller. Agora, o prazo para a conclusão pode se arrastar para o meio do próximo ano.

Atraso é alvo de protestos

O atraso nas obras da SC-100 foi alvo de protestos neste ano, em agosto. Moradores das praias da Cigana e Farol, em Laguna, esperavam há 45 dias uma audiência com o governador Raimundo Colombo (PSD). Como o ato não ocorreu, a população fechou a Ponte do Camacho, na divisa com Jaguaruna, em protesto pela falta de resposta do poder executivo. Durante a manifestação, pneus foram queimados e o tráfego de veículos ficou interrompido por cerca de uma hora. A ação rendeu aos moradores a atenção do governo do estado para as obras e os serviços reiniciaram no mês seguinte (setembro).

Movimento intenso

A pavimentação da SC-100 é uma reivindicação antiga da população. O trecho – entre o Camacho, em Jaguaruna, e a balsa, em Laguna – é muito utilizado pelos turistas na alta temporada. O acesso é uma alternativa para evitar as constantes filas na BR-101, que ocorrem em demasia nesta época. 
Segundo o comerciante da localidade, Gilmar Pacheco Camilo, mesmo em novembro, o movimento já é alto na região. “As obras melhoraram o acesso, mas os congestionamentos já começaram. Trabalho próximo à balsa. A partir do meio-dia as filas já começam. Isso deve piorar no verão”, projeta.

Nova infraestrutura custará cerca de R$ 24 milhões

A ordem de serviço para a pavimentação da SC-100, no trecho entre o Camacho, em Jaguaruna, e a balsa, em Laguna foi assinada no dia 19 de dezembro de 2010. Mas, como não havia licenças ambientais, a execução do serviço começou somente em maio de 2011. A parte em asfalto compreende o trecho de 15,540 quilômetros. Este lote da obra é executado pela Construtora Setep, de Criciúma. O valor do trabalho ficou em R$ 20.929.047,40. Já a A. Mendes, de Gravatal, terá a missão de pavimentar, com paralelepípedos, os 2,280 quilômetros de acesso ao Farol de Santa Marta. O valor licitado foi de R$ 2.770.115,66.

A obra apresentou diversos entraves, como o deslocamento da rede de energia elétrica e de água, além de desapropriações de terras e a falta de licenças ambientais. O prazo para a conclusão dos serviços era para fevereiro deste ano, mas devido aos problemas, o término foi estendido e a obra deverá ser entregue no fim do primeiro semestre de 2014.

Estudo complementar

A existência de uma duna móvel no local, ou seja, que se move conforme a direção do vento, fez com que os técnicos do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) precisassem realizar um novo estudo para saber como seria feito o contorno no trecho utilizando a mesma licitação.