Diretores da entidade reforçaram o apoio ao trabalho realizado pelo Observatório, criado em 2014
Os integrantes do Conselho de Administração do Observatório Social de Criciúma estiveram nessa segunda-feira (16), participando da reunião de diretoria da Associação Empresarial de Criciúma – Acic. O grupo é formado pelo presidente, Sinésio Volpato; Moacir Dagostin, vice-presidente para assuntos administrativo-financeiros; Iraide Piovesan, vice-presidente para assuntos institucionais e de alianças; Marion Nagel Backes, vice-presidente para assuntos de produtos e metodologia; e Valcir José Zanette, vice-presidente para assuntos de controle social.
Cada um destes integrantes, em parceria com voluntários do OS está atuando em Câmaras de trabalho, como de Educação, Saúde, Licitações e Obras. Dentro destas câmaras, o OS analisou gastos públicos na prefeitura de Criciúma, Criciúma Prev e Câmara de Vereadores de Criciúma. Nestes gastos estão incluídos pagamentos de salários, compras públicas e gastos com funcionários inativos.
Os integrantes do Observatório salientam que todos os números analisados e divulgados são dados públicos, mas que têm sido compilados para que a população entenda onde estão sendo gastos os recursos dos impostos. Já quanto às licitações, o Observatório tem acompanhado e inclusive sugerido a participação de novos fornecedores. Também tem sido acompanhados valores investidos pela COSIP, que trata do recurso para manutenção da iluminação pública, Casan e Agesan, e Câmara de Vereadores de Criciúma.
A diretoria da ACIC reforçou o apoio ao trabalho realizado pelo Observatório, criado pela entidade em 2014. “O Observatório faz um belíssimo trabalho voluntário. Estamos abrindo os dados do poder público de Criciúma”, salientou o presidente da ACIC, César Smielevski. A Câmara de Educação do Observatório Social de Criciúma apresentou um detalhado estudo sobre a realidade da educação no município de Criciúma. Os dados foram compilados pelo Observatório. Este estudo levou em consideração os números totais relativos a educação, incluindo aí todos os gastos e investimentos.
Confira alguns números:
Total de escolas: 72, sendo 44 com Educação Infantil e Ensino Fundamental, 20 somente com Educação Infantil e oito somente com Ensino Fundamental. Em quatro escolas, 162 alunos estudam em classes multisseriadas.
Total de estudantes: 22.221, sendo 12.363 alunos no Ensino Fundamental, 4.495 crianças na Educação Infantil, 603 alunos no Programa de Jovens e Adultos/Proeja e 4.760 crianças em Instituições conveniadas: Afasc, Abadeus, Institutos Caminho da Luz (APAE) e Diomício Freitas.
Total de profissionais: 3.322, sendo 183 diretores e auxiliares de direção, 1.782 professores, 27 orientadores, 288 serventes, 478 estagiários e 564 de instituições conveniadas.
Média de alunos por colaborador: 6,69
As despesas pagas desta secretaria em 2014 foram de R$ 124.606.584,53, sendo que o total empenhado foi de R$ 137.309.309,08.
O estudo dos números da educação no município de Criciúma revela que dos R$ 124 milhões gastos pelo município em 2014, mais de R$ 6,3 milhões foram para pagamento de bolsistas, estagiários e auxílio financeiro à estudantes. Já os valores destinados à Pessoas Jurídicas que prestaram serviços à Secretaria, ultrapassaram os R$ 10 milhões.
Na área de saúde foram apresentados números referentes aos atendimentos, distribuição de medicamentos e demais informações sobre a área. Conforme o estudo referente ao ano de 2014, Criciúma possuía 42 unidades municipais de saúde, 217 médicos na rede municipal, 1.430 servidores municipais, realizou 1.610.790 atendimentos em 2014. No ano passado foram distribuídos 30.560.247 comprimidos, o que representa 149,32 comprimidos per capita no ano de 2014. A despesa paga no ano foi de R$ 181.263.543,60, sendo R$ 3.446.274,08 gasto com material distribuição gratuita, o que gerou uma despesa per capita de R$ 885,65.
Outro aspecto abordado na reunião da ACIC foi a preocupação com o déficit do Criciúma Prev. Conforme dados obtidos junto à Previdência Social, Criciúma possui um depósito de R$ 110 milhões, mas possui um compromisso futuro de R$ 359 milhões. Para os integrantes do Observatório é uma preocupação porque este déficit precisará ser coberto para garantir as aposentadorias futuras do município. Hoje o cálculo de déficit futuro chega a R$ 231 milhões.
Colaboração: Ana Sofia Schuster / Novo Texto Comunicação
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