Segurança

Operação combate receptação de fios de cobre em Criciúma

São 20 pontos fiscalizados em dez bairros; trabalhos se estendem até as 14 horas

Foto: Douglas Saviato / Portal Engeplus

Foto: Douglas Saviato / Portal Engeplus

O elevado número de casos envolvendo furtos de fios de cobre fez com que uma operação fosse deflagrada na manhã desta sexta-feira, em Criciúma. Os trabalhos se estendem até as 14 horas e contam com representantes da Defesa Civil, Guarda Municipal, Secretaria de Saúde, Fundação do Meio Ambiente, além de policiais civis e militares.

São 20 pontos fiscalizados em dez bairros da cidade: Pinheirinho, Vila Manaus, Naspolini, Mina do Mato, Boa Vista, Floresta, Rio Maina, São Simão, Universitário e Santa Luzia. De acordo com o comandante da Polícia Militar de Criciúma, tenente-coronel Evandro Fraga, o objetivo é fiscalizar os pontos que servem de receptação para estes furtos, como ferros velhos e locais de armazenamento de sucatas.

“Temos furtos, pois temos receptadores, ou seja, quem compra estes fios”, frisa o comandante. Fraga destaca que estes casos acabam tornando-se uma cadeia, pois os recursos destes furtos contribuem com o tráfico de drogas e, consequentemente, com disparos de arma de fogo e homicídios na região.

De acordo com o integrante da Defesa Civil de Criciúma, Robson de Lima, os casos mais comuns são os furtos com os fios de telefonia. Os mais afetados são os consumidores que mantém estabelecimentos comerciais, pois são os que mais utilizam linhas telefônicas. Conforme o Portal Engeplus, outra parcela da população afetada são os idosos, que ainda utilizam estas linhas.

“Os furtos são tão constantes, que as empresas chegam a não ter fios para repor”, comenta. Neste ano, já foram furtados dois mil metros quadrados de fios de cobre. Esta atividade, segundo Lima, torna-se rentável, pois um quilo de fio sem capa, chamado como fio limpo, está avaliado por R$ 18. Já o sujo, com a capa, por R$ 13.

Nos locais vistoriados uma equipe da Vigilância Sanitária atua também na identificação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. No primeiro local visitado, vários pontos irregulares com água parada foram identificados. Segundo o representante da Vigilância Sanitária, José dos Passos Cerom, o proprietário foi notificado e se comprometeu a adequar o espaço.