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Operação contra grupo suspeito de lavagem de dinheiro apreende carros e imóveis de luxo em SC

Organização criminosa teria realizado movimentações financeiras de mais de R$ 1 bilhão, segundo a Polícia Federal.

Foto: Policia Federal/Divulgação

Uma força-tarefa, deflagrada nesta terça-feira (26), apura movimentações irregulares no mercado de câmbio e lavagem de dinheiro em Santa Catarina. Segundo a Receita Federal, a organização criminosa, que atua também no Rio Grande do Sul, teria realizado movimentações financeiras de mais de R$ 1 bilhão. Carros e imóveis de luxo ligados às pessoas investigadas (veja o vídeo acima), além de armas, estão na lista de apreensões.

A Operação Cambio Barriga Verde é comandada pelo Ministério Público Federal, em conjunto com a Receita Federal e a Polícia Federal. Conforme as equipes, foram identificados indícios de crimes contra o sistema financeiro, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Criciúma, no Sul catarinense, e envolvem endereços de pessoas físicas e jurídicas nas cidades de Garopaba (SC), Florianópolis (SC), Itajaí (SC), São José (SC), Criciúma (SC), Urussanga (SC) e Caxias do Sul (RS).

Investigação

A Polícia Federal informou que as investigações começaram a partir do recebimento de informações sobre movimentações atípicas envolvendo empresas atuantes no mercado de câmbio, seus sócios e pessoas físicas e jurídicas relacionadas.

Segundo a polícia, a principal empresa investigada, com sede na região de Garopaba, no Litoral Sul catarinense, apesar de apresentar faturamento anual de cerca de R$ 7 milhões, movimentou valor superior a R$ 1 bilhão entre 2013 e 2019. O valor foi considerado incompatível com a capacidade financeira do estabelecimento, segundo o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf).

A apuração constatou ainda a existência de diversos depósitos realizados por terceiros, num total superior a R$ 2 milhões. Nas transações, destacam-se pessoas físicas que já possuíram vínculo com a empresa investigada.

Esquema criminoso

As diligências apuraram que a organização se utiliza de um esquema criminoso complexo, que conta com a criação de diversos CNPJs para dissimular a existência de filiais, utilização de laranjas para ocultar os reais beneficiários das operações e uso de empresas em nome de terceiros para lavar o dinheiro e blindar o patrimônio auferido com o esquema criminoso.

Durante o cumprimento dos mandados, a Receita Federal busca identificar os beneficiários ocultos que enviaram recursos para a organização criminosa.

As informações serão cruzadas com a base de dados da Receita Federal. Valores com origem em sonegação ou outras origens ilícitas serão objeto de procedimentos fiscais com cobrança de multas de até 225%. Indícios de crimes serão reportados ao Ministério Público Federal, retroalimentando a investigação criminal.

Com informações do G1

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