Município cria protocolo específico, força-tarefa e canal direto para atendimento e acompanhamento dos caso

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Diante do aumento de pessoas vivendo nas ruas, a Prefeitura de Orleans decretou Situação de Atenção Social e colocou na rua uma força-tarefa intersetorial para atuar no enfrentamento desse cenário. O decreto, assinado pelo prefeito Fernando Cruzetta, busca equilibrar duas necessidades urgentes: acolher quem precisa e, ao mesmo tempo, manter a organização dos espaços públicos e a segurança da população.
Nos últimos meses, episódios envolvendo pernoites em praças, uso de drogas em áreas públicas e até danos ao patrimônio acenderam o sinal de alerta na cidade. “Quem quer ajuda vai ser acolhido. Quem busca apoio para trabalhar, se tratar ou voltar para sua cidade de origem terá essa oportunidade. Mas Orleans não vai permitir desordem ou desconforto para quem vive e trabalha aqui”, reforça o prefeito.
A partir de agora, toda abordagem segue um protocolo definido. O primeiro atendimento é feito pelo CREAS, que levanta informações como vínculos familiares, condição de saúde, documentação e histórico da pessoa. A partir desse diagnóstico, são realizados os encaminhamentos, que podem ser para serviços de saúde, assistência social, acolhimento provisório ou retorno assistido ao município de origem.
A comunidade também pode acionar diretamente o atendimento, informando casos pelo WhatsApp do CREAS (48) 99607-7762, de segunda a sexta-feira, durante o horário comercial, ou pelo site da Prefeitura. É recomendado fornecer dados como localização, características da pessoa, nome (se souber) e condições aparentes.

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Além do atendimento social, o decreto também cria uma força-tarefa com representantes das secretarias de Assistência Social, Saúde, Infraestrutura e Jurídico, além de Câmara de Vereadores, Polícia Militar, Polícia Civil, OAB, CAPS, CRAS, CREAS e Casa da Cidadania.
O grupo tem a missão de monitorar os atendimentos, acompanhar os casos, propor soluções e avaliar medidas permanentes, como a implantação de uma Casa de Acolhimento e Passagem, além de programas que incentivem a inserção dessas pessoas no mercado de trabalho, especialmente em obras e serviços públicos.
Quando a abordagem social não é suficiente, e os casos envolvem riscos, ameaças, depredação, uso de entorpecentes ou resistência à desocupação de espaços públicos, a atuação passa diretamente às forças de segurança: Polícia Militar e Polícia Civil.
O decreto também autoriza a contratação emergencial de profissionais, se necessário, para reforçar as equipes que estarão na linha de frente desse trabalho.