Economia

Orleans desponta como grande consumidora de pescado

Orleanenses consomem três toneladas de peixe semanalmente

Foto: Deize Felisberto/Clicatribuna

Foto: Deize Felisberto/Clicatribuna

Se dependesse do município de Orleans, o Brasil já teria alcançado a meta de consumo de peixe considerado ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Conforme a OMS o ideal é de 12 quilos por habitante/ano. De acordo com o presidente da Associação de Psicultores de Orleans (APO), Jorge Cachoeira, Orleans consome até mais que este número. “Temos um consumo médio de três toneladas de peixe semanalmente no município, sem considerar o que é consumido em casa diretamente dos açudes que não são contabilizados”, relatou o presidente à jornalista Deize Felisberto, do site Clicatribuna.

A cidade que tem tradição na produção e o maior consumo de tilápias, mas também produz traíra e carpas. “Temos o costume de comer o peixe que vem sendo passado de geração a geração. Não somos um grande produtor, mas temos um consumo alto”, conta Cachoeira, que está na piscicultura há dez anos. Grande parte da produção de Orleans é vendida para abatedouros como o de São Ludgero e Braço do Norte.

Diversificação nas propriedades

A diversificação das pequenas propriedades rurais foi um dos motivos que fez a atividade de piscicultura se intensificar no município. “O processo se encaixa muito bem para agricultura familiar. Com uma hora por dia você consegue cuidar da atividade, tendo tempo para as demais”, observa o presidente. Hoje são em torno de 20 hectares de lâminas d'água no município e uma produção aproximada de 300 toneladas de peixe anualmente. “A piscicultura é algo que está despontando na cidade. Há dois anos não temos crise na atividade. Ela não precisa de um custo inicial alto, dependendo do relevo do terreno. Trabalhar como peixe está compensador”, revela Cachoeira.

A tilápia é comercializada entre R$ 3 a 3,20 o quilo do pescado vivo, já a carpa entre R$ 2 a R$ 2,20. O quilo do filé de tilápia é comercializado em torno de R$ 16 nos estabelecimentos comerciais.

O incentivo dos governos municipal, estadual e federal também vem fortalecendo a atividade. Para os próximos quatro anos 1 milhão de alevinos serão fornecidos aos produtores através de um programa da secretária de agricultura municipal. “Eles serão dados aos piscicultores com o compromisso de produzir”, reforça o presidente da Associação.

Associação dá suporte e incentivo

A Associação de Piscicultores de Orleans (APO) criada há três anos, com 20 associados, vem realizando um trabalho para incentivar a criação e dar suporte à piscicultura no município. “Fizemos compras de insumos, trouxemos vários cursos e buscamos realizar almoços e eventos à base de peixe para incentivar o consumo”, explica o presidente da APO, Jorge Cachoeira. A forma que o peixe é apresentado hoje ao consumidor, de uma maneira pré-pronta, também fez o seu consumo aumentar. “Tivemos um aumento significativo do aumento no consumo do peixe por essa realidade nos últimos anos”, diz Cachoeira.

A pesca esportiva também ajudou a divulgar o peixe de acordo com o presidente da Associação. “Hoje você leva o peixe limpinho para a casa. Tem uma pessoa no próprio pesque e pague que faz este trabalho, é um estímulo”, comenta o presidente.

Restaurante à base de peixe

Os restaurantes, lanchonetes e quiosques são grandes consumidores da carne de peixe em Orleans. No quiosque Latoscana, na localidade de Taipa, são consumidos 200 quilos de peixe semanalmente. A proprietária da Lanchonete Baggio, Nina Baggio, conta que são consumidos 160 quilos de filé por semana. No Divani Tesmann Pesque e Pague são 400 quilos de peixe vivo, 50 quilos de filé e 150 quilos de peixe em pedaços, também semanalmente.