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Padre catarinense Aloíso Boeing será beatificado

Aloísio Boeing nasceu no dia 25 de dezembro de 1913, na  localidade de Vargem do Cedro, município de São Martinho. O seu pai, João Boeing, era profundamente religioso, e a mãe, Josephina Effting Boeing, devota de Nossa Senhora e de São José.

Com 11 anos, incentivado pelo pároco, Aloísio saiu de sua terra natal para estudar para ser padre. Cursou filosofia em Brusque e teologia em Taubaté (SP). Ordenou-se padre em 1940.

Padre Aloíso iniciou o sacerdócio na Paróquia Divino Espírito Santo, em Varginha (MG). Em 1942, foi transferido para o seminário de Corupá, como professor e orientador espiritual dos seminaristas.

Em 1952, o padre foi nomeado mestre de noviços. Exerceu a função por quatro anos em Brusque e 20 anos na Barra do Rio Cerro, em Jaraguá do Sul. Na paróquia de São Ludgero, em Pomerode, foi pároco por seis anos. A vida religiosa continuou em Brusque, como diretor espiritual da Casa de Retiros Padre Dehon, em 1982.

Dois anos depois, padre Aloíso foi para Jaraguá do Sul, na função de orientador espiritual do Centro Shalom. Ficou na cidade por 23 anos, até falecer, em 2006. Como legado, cuidou bem da parte espiritual e orientou os leigos a trabalharem nas pastorais, movimentos e administração da igreja.

Família religiosa

Seguindo o exemplo dos pais, a família de padre Aloíso Boeing sempre foi crente em Deus e seguiu a religiosidade. A sobrinha do padre, Edvina Maria Hellmann, moradora de Vargem do Cedro, São Martinho, conta que a família está ansiosa. “É uma grande graça, estamos felizes com a possibilidade dele ser santo”, fala com alegria.

Segundo Jornal Notisul, Edvina é filha de Maria Hellmann, irmã de padre Aloíso, que completou 90 anos no último domingo. Além de Maria, outras duas irmãs estão vivas, Alzira Hellmann e a religiosa Serena Hellmann. Em Blumenau, reside a cunhada de padre Aloíso, Leopoldina Rech Boeing, viúva de um outro irmão. Com 91 anos, ela relata que morou 80 anos em Vargem do Cedro e a convivência com a família era muito boa. “Ele se dedicou muito à igreja e vinha muito pouco visitar a família, mas era uma pessoa muito boa, humilde, ter ele como santo é uma bênção de Deus”, declara Leopoldina, emocionada.

•A beatificação

No dia 17 de maio, ocorre a abertura oficial do processo de beatificação e futura santificação de padre Aloíso Boeing. Às 19 horas, será realizada uma missa na Catedral São Francisco Xavier, em Joinville. Após a missa, ocorrerá a instalação do tribunal diocesano e a primeira sessão pública do tribunal, com o juramento de fidelidade dos membros do tribunal.

O processo será conduzido pelo bispo da diocese, Dom Irineu Roque Scherer, que considera que a beatificação do padre representa a missão da igreja. “É um fato muito alegre para todos nós. O papa João Paulo 2º, quando veio ao país, disse que o Brasil precisa de santos, e padre Aloíso foi um exemplo a ser seguido”, avalia o bispo.