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Parque das Nações terá Museu de Zoologia

Prefeito Clésio Salvaro e o vice Márcio Búrigo assinaram o termo de cessão de uso para a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) implantar o Museu

Um projeto inovador para o Parque das Nações Cincinato Naspolini visa o crescimento ainda maior da vocação turística do local para breve. Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (5), o prefeito Clésio Salvaro e o vice Márcio Búrigo assinaram o termo de cessão de uso para a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) implantar o Museu de Zoologia. Com terreno viabilizado, os responsáveis pela obra tem o prazo de dois anos para o início do serviço de edificação.

A autorização para a destinação da área tornou-se possível através de projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores pelo Governo do Município, com indicação da vereadora Tati Teixeira. O Legislativo aprovou a cessão para a Unesc de 2195 m² localizados atrás do palco principal do empreendimento, próximo ao lago e à segunda estação da miniferrovia. O prédio em forma de pássaro terá 1287m² de área construída e vai conter áreas para exposição de animais da vida marinha, mata atlântica, pré-história, biblioteca, área educativa e oceanário (aquário).

Um dos maiores atrativos turísticos do Sul Catarinense vai receber o incremento de pelo menos mil visitantes ao mês, média aproximada de público do Museu de Zoologia instalado no campus da Unesc. “Ganha a cidade e a ciência. Será um espaço destinado a curiosos e principalmente estudantes interessados em aprender mais sobre os animais. Isso dentro de um espaço já consagrado como da família criciumense”, exalta o prefeito Clésio Salvaro.

O amplo e novo espaço dentro do Parque das Nações foi encarado como um presente, conforme a fundadora do museu, Morgana Cirimbelli Gaidzinski. Há 10 anos, a Unesc, em parceria com a Polícia Ambiental fundou o local dentro da universidade onde estão expostos materiais osteológicos (ossadas, fósseis) e taxidermizados (empalhados). “Nosso objetivo continua sendo levar ao conhecimento do público uma coleção de animais representativos da nossa fauna regional”, enfatiza. Segundo ela, como principais referências estão animais extintos ou ameaçados de desaparecer, como o gato-do-mato, a onça pintada, a tartaruga marinha, o puma, além de outros peixes, polvos e pequenos tubarões.

Incentivadora do projeto, a vereadora Tati Teixeira destaca a importância de transferir ao menos boa parte do museu do meio acadêmico para o domínio público, em um dos espaços com maior circulação de pessoas no Sul Catarinense. “É uma oportunidade para a população usufruir de um espaço desses, que promove o conhecimento e a cidadania. Democratizar este espaço nos torna referência nas questões ambientais e turísticas”, observa a legisladora.

Pautados pelo princípio da atração do museu é o que está exposto nele, o projeto arquitetônico assinado por Giuliano Elias Colossi e André Luiz Laitano, da Secretaria do Sistema de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana de Criciúma, prevê uma fachada “escondendo” o conteúdo de quem está de fora. “Buscamos atrair os curiosos para dentro do museu. Na parte da frente, colocamos um mosaico cerâmico com um desenho alusivo à fauna contida para apreciação dos turistas. Internamente deixamos bastantes áreas livres, sem repartições tendo em vista facilitar a circulação de pessoas”, revelou Colossi.

A próxima etapa consiste na busca por um orçamento para a obra e na sequência o encaminhamento destes dados em projetos junto aos Governos Federal e Estadual. “Temos a ideia também de disponibilizarmos uma parte virtual, um miniauditório para apresentação de audiovisuais, além de uma sala para que as pessoas conheçam os sons emitidos pelos animais da nossa fauna. Seremos pioneiros no Sul do Brasil”, crava Morgana.

Colaboração: João Pedro Alves/Decom Prefeitura de Criciúma

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