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Passagem de ciclone e tempestade afeta mais de 1,3 milhão de pessoas em SC

Até o momento foram registradas 14 mortes durante a passagem das tempestades e nas ações de reconstrução.

Divulgação/Secom

Santa Catarina continua contabilizando os prejuízos e as perdas humanas provocadas pelos ciclones e tempestades dos últimos 10 dias. Foram afetadas diretamente pelos eventos climáticos 1.354.241 pessoas. Até o momento foram registradas 14 mortes durante a passagem das tempestades e nas ações de reconstrução.

Os óbitos ocorreram nos municípios de Balneário Piçarras (01), Brusque (01), Canelinha (01), Chapecó (01), Garuva (01), Governador Celso Ramos (01), Ilhota (01), Itaiópolis (01), Itapoá (01), Rio dos Cedros (01), Santo Amaro da Imperatriz (01) e Tijucas (3).

Durante os eventos, 11 pessoas perderam a vida devido a desmoronamentos, afogamentos, quedas de árvores e choque elétrico. Já três mortes foram pós os eventos, mas de pessoas que caíram por estarem consertando o telhado.

“O valor destas perdas humanas não podemos mensurar. São pais e mães de família que tiveram as vidas ceifadas pela força da natureza”, destacou o chefe da Defesa Civil de Santa Catarina (DCSC), João Batista Cordeiro Júnior.

Ele destaca a importância dos alertas e recomendações do órgão para que a população esteja preparada para eventos extremos. “Trabalhamos 24 horas por dia com o principal objetivo de preservar vidas”, ressaltou. Segundo ele, com as mudanças climáticas as tempestades se tornam cada vez mais frequentes e severas, por isso devemos promover uma mudança de cultura na população para promover a autoproteção e a resistência.

O gerente de Operações da DCSC, Rodrigo Nery, também reforça que é necessário que a população leve em conta os aviso e alertas emitidos. “Existe um trabalho muito sério por trás da emissão de avisos e alertas onde são observados os riscos potenciais as pessoas, principalmente durante os eventos severos”, reforçou.

De acordo com ele, é extremamente necessário que a população adote as medidas preventivas indicadas pela Defesa Civil durante as tempestades como não transitar em áreas alagadas ou sobre pontes, não se abrigar embaixo de árvores e procurar locais seguros até o evento passe. Ele citou duas situações em que pessoas morreram afogadas após caírem de pontes, na última semana durante o ciclone. “A passagem de uma tempestade é rápida, mas as consequências podem ser duradouras”, completou.

A Defesa Civil reforça que durante os trabalhos de reconstrução os cuidados também devem ser redobrados. A queda de altura, no momento que as pessoas estão consertando telhados, provocaram três mortes nos últimos dias em Balneário Piçarras, Garuva e Itapoá. Também é importante tomar cuidado em relação a choques elétricos, ou seja, mesmo durante a falta de energia devemos considerar os fios energizados.

Avisos e alertas da Defesa Civil

Atualizações, recomendações, avisos e alertas sobre as condições meteorológicas estão disponíveis no site e redes sociais da Defesa Civil de Santa Catarina. Também é possível receber as informações por mensagens SMS. Para isso basta enviar uma mensagem de texto (SMS) para o número 40199, contendo apenas o código de endereçamento postal (CEP) do local que deseja ser monitorado. O serviço é gratuito e é realizado 24 horas por dia, sete dias da semana.

Ações de assistência humanitária

O Governo do Estado, por meio da DCSC, continua dando suporte aos municípios atingidos pela força da natureza. Já foram disponibilizados 141.917 itens de assistência humanitária. Dentre os produtos estão telhas, cestas básicas, colchões e kits de higiene. Para efetivar as ações equipes do Governo, através do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil, permanecem atuando nas áreas afetadas em apoio às estruturas municipais.

Levantamento de prejuízos

As informações sobre as perdas econômicas continuam chegando ao Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd). De acordo com os dados inseridos até o momento no Sistema de Informação de Desastres, os prejuízos ultrapassam R$ 682 milhões.

Apenas em residências os danos representam mais de R$ 54 milhões. Já no setor agrícola os prejuízos superam R$ 322 milhões. Confira na tabela abaixo os números contabilizados até o momento.

Divulgação/Secom

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