Economia

Pedras Grandes: terra da uva e do vinho

Berço da colonização italiana, Pedras Grandes ganhou o título de Terra do Vinho Goethe pela grande aceitação no mercado. O plantio deste tipo de uva é feito em aproximadamente 30 hectare, uma área superior à utilizada em Urussanga.

Apesar de não estar no topo da cadeia econômica, a produção de uva e vinho é o que dá fama ao município. São cerca de 130 famílias envolvidas no setor. No caso da goethe, 100% é destinado à fabricação de vinho.

A niágara tem 70% do consumo in natura, com venda de 1,6 milhão de quilos por ano. Já a bordô é aproveitada especialmente para sucos. Quinze mil litros de vinho artesanal são produzidos anualmente.

A cada dois anos, a cidade recebe cerca de 30 mil visitantes para a Festa do Vinho Goethe. Trata-se do maior evento do município, realizado na comunidade de Azambuja. O deste ano, a nona edição do evento, mais uma vez foi sucesso de público e de movimentação econômica.

Além do vinho e da uva, Pedras Grandes também é destaque regional na produção de frutas, como o pêssego e a ameixa. Juntos, estes dois cultivos significam 1,6 milhão de quilos colhidos ao ano.

Conforme matéria especial do Jornal Notisul, em torno de 60% da produção de pêssego vai para o estado de São Paulo e o restante abastece o mercado regional. A colheita anual fica na casa de 1,2 milhões de quilos. A ameixa rende um pouco menos. Os 400 mil quilos coletados por ano são destinados exclusivamente às cidades da região.

Indústria

Considerada setor secundário da economia, a indústria ocupa uma pequena parcela da população economicamente ativa e pequenas áreas do município, com empresas de pequeno e médio porte nos ramos de metalurgia, fecularia, madeireira, lavanderia industrial, confecção, cerâmica e panificação.

O município conta uma área industrial com 87 mil metros quadrados, na comunidade de Ilhota, hoje com 100% de ocupação. Ainda não existe projeto, mas o governo municipal já planeja adquirir um novo terreno para disponibilizar para instalação de novas empresas.

Especialmente porque há uma grande expectativa em torno da efetivação da Rodovia Serramar. Os trabalhos de asfaltamento da SC-382, entre Orleans e o município, não estão no ritmo desejado, mas geram otimismo quanto à chegada de novos investidores.  As obras iniciaram por Orleans,  em janeiro do ano passado, com a implantação de rede de drenagem, pelo consórcio Castellar/Técnica Viária, de Curitiba (PR). É previsto o asfaltamento de 16,5 quilômetros da rodovia, que integra a futura Serramar, um projeto que pretende ligar a neve, na serra, com as praias, no litoral sul.

Fumo e avicultura em destaque

A atividade que mais movimenta a economia do município em relação a impostos é a fumicultura. As plantações até têm perdido espaço nos últimos anos, mas segue como líder absoluto, conforme levantamento da Epagri. A cultura garante a sobrevivência de aproximadamente 300 famílias.

Os 100 hectare de terra produzem anualmente cerca de 2,1 milhões de quilos de fumo. Em segundo lugar no ranking econômico vem a avicultura. São 20 aviários e uma produção muito relativa, já que neste caso, as regras são ditadas pelos frigoríficos.

Além disso, com alternativa às plantações de fumo, os produtores rurais de Pedras Grandes têm recebido incentivo para investir em gado leiteiro. Hoje, cerca de 40 famílias já se dedicam à atividade como forma conseguir uma renda extra.

Os quatro mil litros de leite coletados diariamente são destinados a consumo próprio das famílias e também são enviados para laticínios. Assim como o leite, a agropecuária também é fonte extra de renda para as famílias.

Pedras Grande tem um rebanho de cinco mil cabeça de gado de corte, cerca de mil comercializadas por ano. O município conta com dois frigoríficos bovinos e cinco suínos, ainda que a criação de porcos não tenha destaque econômico na cidade.