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Pit Bull: encontro em Araranguá objetiva combater estigma

Donos de cães da raça Pit Bull promovem encontro inédito no dia 10 de julho.

Quem vê cara, não vê coração! A frase é antiga e fica até difícil imaginá-la fazendo algum sentindo quando se está frente a frente com um Pit Bull, por exemplo.

O cão possui aparência robusta, músculos bem desenvolvidos, mandíbula forte e é dono de uma agilidade impressionante costuma causar medo em quem desconhece a raça. Mas é para mudar esta ideia distorcida do animal, que criadores de Araranguá se reunirão no próximo dia 10 de julho, em um encontro que visa promover a integração entre os animais e os donos, além de combater o estigma de que a raça é violenta e agressiva.

"A motivação do encontro é socializar os cães e mostrar às pessoas que os animais espelham os donos. É uma raça como qualquer outra, que pode ser criada, amada, com respeito, que não vai atacar ninguém", explica o representante comercial Luciano Torres, de 39 anos, que atualmente possui três cães da raça Pit Bull em casa e garante a docilidade dos animais.

Criadores exibem seus cães na tela do celular

O criador reforça que a raça não oferece perigo, desde que criada adequadamente. "Ter acessibilidade a crianças, adultos e idosos é muito bom. Além disso, só preciso dar ração, água e carinho", ressalta.

Luciano integra um grupo de criadores apaixonados pela raça, chamado Pit Bull Araranguá. O grupo que nasceu nas redes sociais com objetivo inicial de ser apenas uma ferramenta para troca de informações entre criadores, acabou transcendendo o mundo digital. Atualmente são 90 criadores organizados através do aplicativo WhatsApp. “Nós trocamos informações sobre os cuidados com o animal, combinamos pequenos encontros para passear com os cães e atividades que envolvam os cuidados que temos com eles,” explica o segurança Evandro Demétrio, 31 anos, dono do Taisson, um cão da raça American Bully, derivada dos Pit Bulls.

Evandro relembrou a história de seu cão, que na época encontrou abandonado na rua, totalmente debilitado pesando apenas 25 kg. Hoje, um ano depois, Taisson pesa quase o dobro. “É a prova de que independentemente de raça, todos os cães devem ser amados e receber toda a atenção de seus donos,” completou.

O administrador Rodrigo Silvestre, de 33 anos, conta que há oito anos se dedica à criação da raça. Ele já chegou a ter vários cães em casa, mas atualmente está sem e pretende adquirir um novo animal. “Mesmo não tendo um Pit Bull em casa estou sempre atento porque só quem cria um Pit Bull entende da relação que temos com o animal considerado um dos mais inteligentes. Não é exagero dizer que o cão é de fato o melhor amigo do homem,” afirmou Rodrigo.

O encontro

A atividade é inédita no Vale do Araranguá e será realizada no dia 10 de julho, a partir das 10h, no clube Estrela de Ouro, no bairro Operária em Araranguá. Mais informações sobre o encontro podem ser adquiridas nos telefones: (48) 9806-0863 ou (48) 9800-1511.

Com informações da Revista W3

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