Economia

Plano de recuperação judicial da Criciúma Construções é aprovado

Propostas foram aceitas em reunião realizada nessa quinta-feira no Siso’s Hall.

Foto: Giovani Marcelino / Jornal da Manhã

Foto: Giovani Marcelino / Jornal da Manhã

Após a primeira assembleia marcada no dia 1° de dezembro, que não foi realizada por falta de quórum, essa quinta-feira (8) foi de decisão para os credores que foram até o Siso’s Hall ouvir a proposta de recuperação da Criciúma Construções.

A construtora enfrenta problemas de pagamento e entrega de apartamentos há alguns anos. Por fim, no segundo encontro os envolvidos compareceram em grande número e participaram da votação, após o plano de recuperação e de alterações solicitados pelos advogados das partes envolvidas ser apresentado.

De acordo com informações da edição desta sexta-feira do Jornal da Manhã, o credenciamento para a assembleia deu direito ao voto. Após a chamada inicial para apresentação realizada pelo administrador judicial Agenor Daufenbach Júnior, foi a vez de Zanoni Elias falar por 20 minutos sobre as ações desenvolvidas. “Desde o início sabíamos do volume de trabalho que teríamos e durante este último ano trabalhamos com objetivo de recuperar e apresentar uma proposta que atenda as necessidades para que a empresa continue e os credores sejam beneficiados”, explicou.

Os credores foram divididos em quatro classes: trabalhistas, garantia real, quirográficos e de Microempresários e de Empresas de Pequeno Porte (EPP), onde propostas foram apresentadas para os quatro diferentes grupos. Para os trabalhistas foi de pagamento feito em dinheiro, no valor de R$ 10 milhões, no prazo de até 12 meses. Os credores com garantia real, quirográficos e com privilégios especiais (que correspondem ao grupo dos micro-empresários e EPP) foram apresentados pagamentos em depósito com prazo de até 180 meses (com carência de 24 meses).

Após a apresentação por parte dos representantes da empresa foi a vez do Dr. Lucas Farias fazer considerações e modificações feitas entre a empresa, gestor judicial, advogados dos credores e sindicato dos trabalhadores. Na explicação, modificações e adequações foram apresentadas aos presentes, onde os advogados de outras partes puderam dar sugestões e questionar sobre a mudança proposta para a apresentação do plano.

Após uma hora e dez apresentações e argumentos, a comissão pediu suspensão de meia hora para modificar o documento de apresentação e adicionar os novos pedidos no documento. Para conhecimento público, os mediadores apontaram que algumas mudanças foram feitas para favorecer os credores. Uma delas foi o financiamento para novos credores que terão condições facilitadas com prazo de 60 parcelas e 12 meses de carência referente à classe II.

Votação

Após as modificações, os presentes foram escolher se aprovavam ou não o que foi discutido. No ato de chegada à assembleia, todos receberam um cartão que dava direito a uma votação eletrônica que durou em torno de 20 minutos. O resultado foi conhecido poucos minutos depois apontando a aprovação das propostas. Após isso, o grupo participou da formação de um comitê de credores e substitutos e demais assuntos elencados. 

Com informações do Portal Engeplus