Técnica é recomendada em casos de seca ou para evitar prejuízos causados por ela
Mesmo com a previsão apontando que o tempo deve melhorar neste mês e até chover acima da média em setembro, a estiagem que afetou o Sul de Santa Catarina ainda causa preocupação para os agricultores. Técnicos da Gerência de Agricultura do município de Criciúma recomendam que os agricultores comecem a utilizar a técnica do plantio direto como forma de prevenção.
Esta é uma prática que existe há 15 anos. Ela diminui o impacto causado pelo agricultor na terra e previne o plantio em períodos de seca. Segundo o engenheiro agrônomo do município, Fernando Lock Silveira, esta é uma ação que diminui a erosão do solo, previne contra as plantas invasoras, aumenta a matéria orgânica e a umidade do solo. “O sol bate na planta e com isso diminui a evaporação da água”, explica.
Conforme matéria do Portal Engeplus, o agricultor Casemiro Novak viu a ideia na televisão e com orientações da Gerência resolveu aderir ao plantio direto. O produtor de feijão e milho utiliza a técnica pela primeira vez. Em abril, ele plantou a aveia, que mais tarde foi utilizada como adubação verde. Depois, esperou que a planta atingisse 30 centímetros de altura para colocar o herbicida, que matou a planta e a deixou com um aspecto seco. Neste caso, as raízes apodreceram e a terra ficou fofa.
Neste período, o agricultor aproveita para plantar as sementes de milho no solo e aguarda aproximadamente seis meses para fazer a colheita. “Tive prejuízo com a seca do início do ano, mas acredito que vai funcionar. Sou uma pessoa que gosta de investir e resolvi apostar nesta técnica”, comenta. Novak pretende, depois da colheita do milho, plantar o feijão utilizando a mesma prática.
O engenheiro agrônomo explica que quanto menos mexer no solo é melhor. Comparando com a forma de plantar que era feita antes, a técnica elimina dois processos de manejo do solo, que é o arado e a grade e um manejo químico.
Colaboração: Jessica Rosso/Decom