No total, 14 caixas de documentos foram apreendidas para investigações
Foto: Engeplus
A possível fraude entre o Sindicato dos Mineiros e a Cooperminas está a mais um passo de ser desvendada. Depois que um documento que comprovava desvio de, aproximadamente, R$ 20 milhões foi encontrado no sindicado e a possível relação disto com a morte do vice-presidente Fernando Gomes Marques, outra suspeita de irregularidade será investigada pela Polícia Federal.
Desta vez o problema é na aposentadoria dos profissionais que recebem o benefício por causa da mina. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rafael Antonio Broietti, a informação que chegou até a Polícia Federal é que muitas pessoas se aposentaram como trabalhadores da mina, mas, na verdade, trabalhavam no sindicato.
“Os trabalhadores que exercem atividades no subsolo se aposentam em 15 ou 20 anos. Porém, alguns saíram da mina e vieram trabalhar no sindicato, ou seja, a aposentadoria destes deveria ser em 35 anos. Mas isso não era alterado na carteira de trabalho e eles acabavam se aposentando muito antes do previsto”, explica o delegado.
Conforme o presidente interino do sindicato, Djonatan Elias, 14 caixas, que continham documentos desde 1979 até 2010, foram levadas pelo delegado para investigação. Na Cooperminas, também foram recolhidos documentos dos últimos oito anos.
Segundo o site Engeplus, a Polícia Federal passou a tarde na sede do sindicato e, em 19 pessoas investigadas, já encontrou três aposentadorias irregulares. No total, serão 180 pessoas aposentadas que serão analisadas. A polícia acredita ainda que algumas pessoas foram aposentadas como trabalhadores da mina, mas nunca trabalharam no subsolo.
Os casos comprovados de fraude deverão responder pelo crime de estelionato, que pode chegar a sete anos de prisão, além de ter o benefício cancelado e ter que devolver o dinheiro que recebeu até o momento. A Polícia Federal não tem prazo para o término das investigações.