Segurança

Policiais civis podem entrar em greve

Com os salários defasados há mais de uma década e amargando o posto de um dos piores salários do Brasil, os policiais civis de Santa Catarina podem protagonizar uma das maiores greves já vistas no Estado. A paralisação poderá ser decidida hoje, durante a realização de seis assembleias regionais.

Os encontros acontecerão em Criciúma, Florianópolis, Chapecó, Joinville, Blumenau e Lages. De acordo com representantes do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-SC), em razão dos baixos salários, a corporação catarinense sofre com uma enorme evasão nos seus quadros. Dados oficiais apontam que desde 2007 a instituição perdeu quase mil policiais, o que faz com que o efetivo seja praticamente o mesmo de 30 anos atrás.

“Não adianta fazer concurso público se o baixo salário não retém o servidor na Polícia Civil. Se isso não for corrigido, a instituição está fadada à falência por insuficiência de recursos humanos”, afirma o presidente do Sinpol-SC, Anderson Amorim.

Segundo o diretor de comunicação do sindicato, Arilson Nazário, em informações repassadas do Diário do Sul, os agentes são forçados a fazerem horas extras para conseguirem sobreviver com o salário que recebem. “A greve será decidida nestas assembleias, mas é bem provável que comece com pequenos atos para ver se haverá reação por parte do governo. Caso não tenhamos respostas positivas, vamos aumentando as ações, até que iremos deflagrar a greve. Tudo isso será decidido hoje”, adianta Arilson.