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Poluição do ar provoca doenças respiratórias e cardíacas

De forma inofensiva a poluição do ar pode provocar doenças respiratórias e cardiovasculares

A poluição mata. No mundo cerca de 2 milhões de pessoas morrem por causa dela – o número equivale a 100 estádios de futebol lotados.  Os motivos que levam a morte de milhões de pessoas são câncer, infarto, pneumonias, entre outros.

O médico especialista em poluição atmosférica Paulo Saldiva (confira entrevista publicada pelo jornal O Globo), conta que apenas por viver numa cidade, a pessoa está “fumando” entre dois a seis cigarros por dia. “Além dos males cardiovasculares e respiratórios já conhecidos, estamos olhando e comprovando o impacto da poluição na pele, nos olhos, no sistema reprodutivo e endócrino”, falou Saldiva à reportagem do Portal Satc.

As causas da poluição do ar, vão das indústrias, aos carros e rios poluídos. Até outubro de 2012, de acordo com o Detran, a frota de carros em Criciúma estava na marca de 126.196 mil automóveis. Com a cidade beirando 200 mil habitantes, o nível de poluição é perceptível.

A pedagoga Eliane Bagio, que mora em Orleans, diz que sente diferença no ar quando vem a Criciúma. “Percebo que quando visito Criciúma, minhas orelhas ficam marcadas com pó, no furo do brinco. Isso não ocorre quando fico apenas em Orleans”.

Já a criciumense Bruna Gava, que atualmente estuda em Porto Alegre (RS) afirma que em relação ao ar não sente diferença entre Criciúma e a capital gaúcha, mas na água sim. “A água tem um gosto horrível, mesmo tratada e filtrada é ruim e tem um cheiro muito ruim”.

Saldiva, diz que a poluição não vai acabar sozinha e é preciso conscientizar a população. “É preciso informar e, quando não há consenso, é preciso ter gestão. Se o transporte coletivo fosse mais eficiente e mais barato do que o individual, muito mais gente iria usá-lo. É neste tipo de coisa que temos que bater, no que afeta a saúde hoje e não do que vai afetar daqui a 50 anos”, analisa.