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Poluição: indústria de Tubarão é embargada e responsável é preso

A fábrica de ração é acusada de causar poluição nos lençóis freáticos, rios e atmosfera. Além da poeira emitida, o odor pela queima dos resíduos atinge bairros populosos

Foto: Divulgação / Notisul

Foto: Divulgação / Notisul

Uma indústria de Tubarão, a Ossotuba, foi embargada ontem por infringir a Lei 9605, artigo 54, sobre poluição. O responsável foi preso. A lei é referente a “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”, conforme a Constituição Brasileira.

O delegado de Trânsito e Crimes Ambientais de Tubarão, André Luis Mendes da Silveira, coordena as investigações sobre o caso e prestará esclarecimentos em uma coletiva hoje. Envolveram-se na ação a Fundação do Meio Ambiente – Fatma, a Polícia Civil e o Ministério Público. 

Conforme o site Notisul, a Ossotuba foi fundada em 1990, está localizada na Estrada Geral Sertão dos Mendes, e atua, principalmente, com o processamento de resíduos animais, como ossos, gordura e penas. Estes são queimados e transformados em um pó utilizado para a ração de aves, bois, entre outros. 

Informações oficiais indicam que pelo menos dois moradores da Cidade Azul – um reside nas proximidades da empresa – realizaram denúncias em janeiro, março e abril deste ano na 6ª Promotoria de Justiça e Defesa do Meio Ambiente, da comarca de Tubarão, de titularidade do promotor Sandro de Araújo, pelo fato de a empresa causar poluição nos lençóis freáticos, rios e atmosfera. 

Conforme as acusações, além da poeira emitida, o odor pela queima dos resíduos atinge bairros populosos. “Sertão dos Corrêa, Monte Castelo e Oficinas, o que depende da direção do vento, são algumas localidades bem afetadas”, relata um morador do bairro Sertão dos Côrrea, que reside a seis quilômetros da empresa.