Segurança

Por volta de 20 ocorrências de furtos já foram registradas no Paço Municipal de Criciúma

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Em fase de revitalização e em obras, o Paço Municipal Marcos Rovaris tem sido constantemente alvo de criminalidade. Com a conclusão da primeira etapa dos serviços, o prédio tem atraído pessoas mal intencionadas, com o propósito de furtar materiais de construções disponíveis no local. Somente neste mês de novembro, a Prefeitura de Criciúma já contabilizou cerca de 20 ocorrências no local, onde o foco é o furto de barras de alumínio.

De acordo com o engenheiro civil do município, responsável pelas obras do Paço, Carlos Alberto Barata, ainda ontem, mais dois casos foram identificados. Porém, esse seria um problema difícil de controlar, tendo em vista que não tem como disponibilizar a Guarda Municipal para monitorar o espaço. “As denúncias acontecem constantemente e o vandalismo impera. Mas, não podemos colocar os guardas ali porque o número de guarnições não permite que uma equipe fique atuando só neste local. Esse problema deverá perdurar até o próximo ano”, explica.

Muitas das pessoas que furtam já se tornaram corriqueiras no local e, por isso, Barata tem visitado diariamente o local para averiguar a situação. “Tem um pai e um filho, de cerca de 12 anos, que vão de carroça até o Paço. Só eles já foram apreendidos quatro vezes. Mas, as pessoas são apreendidas pela Polícia, mas logo são soltos”, frisa. Porém, o número de furtos na localidade tem preocupado a população que vive próxima, em especial no Bairro Santa Bárbara.

Conforme o presidente da Associação de Moradores, Emerson Teixeira, a comunidade tem buscado intermediar uma conversa com a Prefeitura para que providências para conter esta criminalidade sejam tomadas. A cena de pessoas carregando os alumínios furtados já foi vistas por muitos moradores, à luz do dia.

“A Prefeitura não fica localizada em nosso bairro. Mas, o que nos preocupa é que o nosso bairro tem servido de passagem para essas pessoas, aumentando a criminalidade. Queremos agendar uma reunião com a Prefeitura para acharmos uma solução. Isso ocorre toda noite, e a população não quer pagar a conta por esta falta de segurança”, diz Teixeira.

Obras bem encaminhadas

O problema de furtos já havia sido diagnosticado antes pelo Observatório Social (OB). Do fim de outubro até o início do mês o órgão de fiscalização acompanhou a conclusão da primeira etapa das obras, realizada pela empresa Castanhel, que contempla a estrutura da edificação. “Assim que identificamos isso comunicamos a Prefeitura, sendo devidamente relatado ao secretário (de Infraestrutura e Mobilidade Urbana). Mas o nosso papel é de apenas alertar e não fiscalizar”, diz o coordenador das câmaras setoriais do Observatório Social, Euclides Magri.

Um relatório sobre o acompanhamento da obra foi emitido pelo órgão. Mas, de forma geral, os serviços feitos foram avaliados de forma positiva. “Esta parte foi feita dentro do que estava previsto e das normas, com uma qualidade indiscutível”, afirma. Após sofrer dois incêndios no ano passado, o Paço Municipal passará por uma reforma que inclui três etapas de procedimentos. De acordo com o engenheiro Barata, a segunda etapa dos serviços inicia a partir de janeiro, já sob o comando da nova administração da Prefeitura de Criciúma.

Nesta parte, serão revitalizados toda a parte de vidros e paredes. Já na última etapa, será a vez do piso e dos compartimentos da Prefeitura. Assim que a obra for retomada, o Observatório Social voltará ao local para monitorar os procedimentos.

Com informações de Denise Possebon / Clicatribuna