Economia

Preço da carne suína deve aumentar 15%

O reajuste será para o consumidor final é novamente alavancado pela alta dos insumos

A carne suína aparece na mesa do consumidor das mais diversas formas. Há aqueles que preferem o produto assado, frito, grelhado e até ensopado. Comparado a outros tipos de carne, o preço do suíno é a que está mais em conta, um reflexo direto da crise no setor.

Hoje, um pernil suíno pode ser encontrado nas prateleiras dos supermercados por uma média de R$ 6,70 o quilo. “Não deixo de comprar. Como carne suína pelo menos uma vez por semana. Na minha família, todos adoram”, revela a professora Darlene Marques dos Santos, 38 anos.
Porém, este preço atrativo poderá sofrer um reajuste não esperado. A projeção inicial é que haja um acréscimo de 15% no valor do quilo do produto nos próximos dias.

Se para o consumidor, a carne ficará mais cara, no campo, o produtor segue em crise financeira. “Hoje, vendemos o quilo do suíno vivo a R$ 2,50. Mas esperamos que na próxima semana consigamos chegar aos R$ 3,00”, conta o coordenador regional da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Adir Engel.

Mesmo que o preço da venda do animal vivo chegue a R$ 3,00, ainda não é o suficiente para que o empreendedor do campo tenha lucro, já que este é exatamente o mesmo preço pago para criar o suíno.
“Ainda hoje (ontem) o preço do milho aumentou R$ 1,50”, conta Adir. Com isso, o valor de custo da produção deverá ficar ainda maior. “Em função disso, a estimativa é que nos próximos dias o consumidor pague mais caro por qualquer tipo de carne", antecipa Adir.

Crise internacional

O aumento no preço dos insumos é referente a uma crise econômica internacional. Se os reflexos da greve dos transportes, que terminou ontem, chegar a região, o aumento para a produção do suíno deve aumentar ainda maior. “Nossos insumos são comprados do Paraná e do centro-oeste do país. Torcendo para que nada ocorra”, desabafa o coordenador regional da Associação Catarinense de Criadores de Suínos, Adir Engel.

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