Geral

Prefeitura de Orleans entra com recurso na Justiça para impedir mineração

O prefeito Jorge Koch garante que vai fazer o que for possível para não permitir a mineração em Orleans.

Fotos: Robson Lunardi

A Administração Municipal de Orleans por meio do Departamento Jurídico, protocolou nesta quarta-feira (06), recurso extraordinário contestando a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que considerou inconstitucional artigos da lei municipal, que dificultam a exploração do carvão no município.

Desde o ano 2000, a extração de minerais é proibida através de lei municipal, posição que também está referida na Lei Orgânica, porém o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) diz que essas normas são inconstitucionais.

Em 2014 o Sindicato da Indústria da Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (SIECESC), ajuizou ADIN – Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao Tribunal de Justiça, alegando que o município legislou sobre matéria de competência constitucionalmente atribuída a União. Em novembro o município recebeu a notícia da decisão unânime do Tribunal de Justiça de Santa Catarina considerando inconstitucional legislação de Orleans que proibia a exploração do carvão mineral dentro dos limites do município.

Na decisão, agora em novembro/2018, o TJSC apontou que as diretrizes municipais ferem artigos da Constituição Federal, e também os princípios da razoabilidade, proporcionalidade, livre iniciativa e concorrência.

Ação visa proteger Orleans 

Fotos: Robson Lunardi

Os procuradores do Município Mairon Eing Orben e Ederson Bett Zanini, sustentam que os referidos artigos tratam sobre assuntos de interesse local e visam proteger o meio ambiente, desta forma, não há inconstitucionalidade nenhuma, haja vista que é competência do município legislar sobre assuntos de interesse local e proteger o meio ambiente. “De maneira nenhuma a legislação municipal usurpa competência legislativa federal, confiamos que a decisão seja reformada”, destacam os procuradores.

O prefeito Jorge Koch garante que vai fazer o que for possível para não permitir a mineração em Orleans. “Quanto vale o brilho da água, o canto do pássaro livre na floresta ou o inseto que zumbe nas manhãs geladas do Rio Laranjeiras? Qual o preço?”, exclama o chefe do executivo afirmando que a administração busca empresas que tragam emprego, renda e mais qualidade de vida, cuidando da água, das matas, dos pássaros e das pessoas.

O vice-prefeito Mário Coan deixa claro que o município é contra a mineração lembrando que há 40 anos mineradoras ‘rasgaram’ o solo na comunidade da Boa Vista extraindo carvão e depois foram embora deixando o rio poluído e a natureza morta, que “até hoje padece com um passivo ambiental terrível”, afirmando que a comunidade deve estar unida para que os mineradores não voltem.

Orleans não tem mineração desde 1989, e por isso órgãos ambientais estão em alerta. Além do Cisam, o Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae) e a Fundação Ambiental Municipal de Orleans (Famor) promovem encontro, que vai discutir a provável retomada da exploração de carvão e suas consequências. Enquanto o assunto é discutido na Justiça, não há previsão para o reinício da extração de carvão.

Colaboração: Robson Lunardi – Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Orleans

Notícias Relacionadas

Sentença de pronúncia levará para júri casal acusado por homicídio cometido com espada em Orleans

Segundo os autos, os crimes aconteceram em março deste ano, no bairro Rio das Furnas

Apoio ao candidato Vitorassi para eleição da Coorsel se intensifica durante reuniões com associados

Na noite de hoje (16), às 19h30min, os associados da comunidade de São Gabriel são convidados a participarem do encontro com os candidatos, em Treze de Maio.

Ex-secretário de Administração de Orleans e empresa tem bens bloqueados

Segundo o Ministério Público, Eduardo Bertoncini era responsável pela pasta na gestão do ex-prefeito Marco Antônio Bertoncini Cascaes

Índices de crimes caem bruscamente em Orleans

Segundo dados divulgados pela Polícia Civil, houve redução de 300% dos crimes de roubo e quase 30% do número de furtos.