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Os pagamentos atrasados de médicos do Hospital São José – HSJ poderão ser quitados até o final da próxima semana. Frente aos problemas financeiros que se acumulam, a Prefeitura Municipal de Criciúma se comprometeu em repassar pouco mais de R$ 1 milhão à instituição dentro deste prazo. Este seria o valor que cabe à administração pública em relação à dívida de R$ 10 milhões junto ao hospital, referente à contratualização. O comprometimento aconteceu em negociação entre o prefeito Márcio Búrigo (PP) e a Irmã Líbera Mezzari, diretora do HSJ.
“Queremos liquidar o que nos cabe. Esse valor não irá resolver todo o problema do hospital, mas não quero ficar com dívidas, apesar de nossas dificuldades de arrecadação”, diz Márcio Búrigo.
O restante da dívida, somada em R$ 9 milhões, compete ao Governo do Estado, que não reconhece todo o montante. No entanto, o administrador do hospital, Laércio Régis Ferrari, garante que se o repasse for feito pela Prefeitura, será suficiente para cobrir os sobreavisos médicos, pendentes desde novembro.
“Houve um avanço em termos de pagamento que permitirá honrar esses atrasos com o corpo clínico até o mês de fevereiro. Mas, agora no dia 20 de março, sairá um novo sobreaviso”, diz. Uma parte do valor de R$ 1 milhão garantindo pelo prefeito ainda poderá ser repassado à instituição durante o dia de hoje. “Acho que amanhã (hoje) encontraremos um caminho. Talvez R$ 500 ou R$ 600 mil já sejam disponibilizados”, frisa.
Essas últimas informações sobre o pagamento foram repassadas à direção do corpo clínico em reunião realizada na noite de ontem no Hospital São José. De acordo com o diretor do corpo clínico, Gervani Bueno, esse é um avanço que será acompanhado de perto pela categoria médica. “Nesse contrato, existem certos valores que são exclusivos da prefeitura. Mas, estamos em uma expectativa. Se o prefeito cumprir, de acordo com o que a irmã nos colocou, o valor é suficiente para quitar os pagamentos”.
Mesmo que a Prefeitura não realize o depósito, Bueno afirma que a Irmã Líbera se comprometeu em quitar pelo menos um mês de atrasados ainda na segunda-feira, 14.
Paralisação não descartada
Recentemente, a possibilidade de uma paralisação dos serviços médicos prestados foi informada pela direção administrativa do hospital. O corpo clínico trabalha para que esta medida não seja necessária, mas a proposta de pagamento ainda será levada à toda a categoria médica. O assunto será tema de reunião que acontece segunda-feira, onde serão debatidas alternativas para este momento. “Toda a negociação com o hospital será repassada aos médicos para avaliarmos a proposta.
Iremos analisar como as peças estão sendo colocadas. A paralisação não é nossa prioridade, mas ela não é totalmente descartada. Temos muitas alternativas para debater”, diz o diretor.
Um cronograma de pagamento foi repassado ao corpo clínico. Caso os pagamentos não sejam quitados, a paralisação poderá ocorrer a partir de terça-feira, dia 15, dia em que a escala médica prevista se encerra.
Com informações do site Clicatribuna