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Presidente da Cooperzém será novamente afastado

Foto: Divulgação

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A terceira Câmara do Tribunal de Justiça de Santa Catarina decidiu por unanimidade afastar o presidente da Cooperativa de Eletrificação de Armazém (Cooperzém), Gabriel Bianchet, e outros seis funcionários de seus cargos da entidade. A sentença foi publicada na última terça-feira e atende a um recurso da promotora Ana Paula Destri Pavan.

A decisão também determina que as pessoas citadas tenham o acesso proibido à decisão da cooperativa. A sentença deve ser cumprida após o feriado de Páscoa.

Gabriel Bianchet começou a ter complicações judiciais em março de 2014, por ocasião da Operação Apagão, deflagrada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC), Divisão de Combates a Furtos e Roubos (DCFR), Delegacia de Polícia de Proteção à Mulher de Tubarão, Delegacia de Polícia de Combate a Crimes de Trânsito, delegacias de polícia de Braço do Norte, São Martinho e Gravatal.
A acusação é de suposta prática de falsidade ideológica de matrícula dos sócios que sequer eram consumidores da empresa.

Na ocasião, dezenas de policiais fizeram apreensão de documentos na sede da cooperativa. Além da Cooperzém, foram cumpridos mandados na casa do presidente Gabriel Bianchet e outros dois funcionários da cooperativa. Entre os objetos aprendidos estavam cerca de oito mil fichas de matrículas dos sócios, computadores, diversos documentos fiscais, R$ 100 mil em dinheiro e vários cheques.

Três meses depois, no entanto, a Comarca de Armazém determinou que Bianchet e os demais investigados na operação voltassem às suas funções. A decisão judicial considerou que o retorno deles à cooperativa não interferia na investigação das autoridades policiais no inquérito.

Estar no centro de uma grande operação policial não chegou a abalar o prestígio do presidente, que acabou reeleito sem qualquer dificuldade. No último mês de março, um ano após seu afastamento, Gabriel Bianchet acabou reeleito.

Procurado pela reportagem do Jornal Diário do Sul, Gabriel Bianchet informou que na segunda-feira irá ao fórum de Armazém para ser notificado e iniciar a preparação da sua defesa. Segundo ele, a diretoria da cooperativa já se reuniu para encaminhar a posse do vice-presidente.

“O que acho estranho nisso tudo é a demora no processo. Desde o início da investigação já se passou um ano que estamos trabalhando e, inclusive, algumas pessoas citadas, entre elas minha filha, já nem trabalham mais na cooperativa. O Instituto Geral de Perícias (IGP) não encontrou nada de irregular nos computadores apreendidos, mas até agora essas máquinas não foram devolvidas à cooperativa. Até um tablet do meu neto ainda está com eles e não nos devolveram”, lamenta Bianchet.