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Prestes a ser despejada, família pede ajuda

Situação já é vulnerável e pode piorar muito a partir desta sexta-feira, quando mãe, pai e três filhos podem ir parar na rua na maior cidade da região.

Foto: Rafael Andrade / Notisul

Foto: Rafael Andrade / Notisul

Uma campanha de amparo social, encabeçada pelo Jornal Notisul, inicia hoje, em Tubarão. A intenção é ajudar uma família, que ainda mora no bairro Fábio Silva, a não ficar sem um lar, pelo menos de forma temporária.

Solange Trocade dos Santos e o marido João Carlos Martins Magalhães, ambos na faixa etária dos 40 anos, e os três filhos, de 10, 13 e 15 anos, serão despejados de uma casa locada na próxima sexta-feira. Solange não pode trabalhar devido a problemas de saúde física e psicológica, tem fibromialgia, várias alergias e depressão suicida. O companheiro está desempregado há cerca de quatro meses, o tempo de atraso no pagamento do aluguel. “Meu marido é garçom, chapeiro e auxiliar de cozinha, mas não consegue um emprego fixo. Ele sai todos os dias em busca, mas volta sempre com as negativas das empresas. Vivemos de bicos dele, o que resulta em uma renda de cerca de R$ 800,00 por mês. Não dá nem para comer”, lamenta a dona de casa.

Para piorar a situação, a ordem de despejo já foi comunicada na última sexta. “Não estou requerendo a casa porque o aluguel está em atraso, mas é que vamos precisar da morada a partir do dia 11 de junho (próximo sábado). Também passamos por dificuldades e vamos ter que retornar ao único imóvel da família”, detalha a dona da propriedade, que é uma amiga de Solange do tempo de escola e, apesar das prestações locatárias em atraso, não vai requerer o débito.

Aí que ‘mora’ o problema. A família não tem para onde ir. “Minha mãe, que mora com uma irmã minha, rejeita-me, não sei o motivo, mas já disse que não quer ninguém em sua casa. Não sobra mais ninguém para pedirmos ajuda”, implora Solange.

Para quem pretende ajudar

Basta entrar em contato direto com Solange, por meio do telefone (48) 9661-4178 (Whatsapp). Também pode contatar o Jornal Notisul no (48) 9664-1502.

Prefeitura realiza acompanhamento

Nos últimos três dias, uma equipe do Centro de Referência da Assistência Social – Cras do bairro Oficinas, que tem coordenação de Bianca da Silva Marcelino, esteve na casa e averiguou a situação. A família ganhou duas cestas básicas na sexta e roupa de cama ontem. “Sobre os calçados, principalmente para as crianças, basta ela ou o marido nos procurar. Também temos disponível”, informa Bianca. A profissional ainda completa que o caso será acompanhado em regime especial pelo poder público. “Faremos visitas domiciliares e ajudaremos dentro do possível”, garante a coordenadora do Cras.

A diretora-presidente da Fundação de Desenvolvimento Social da Cidade Azul, Jane Dal-Bó Falchetti, explica que os programas habitacionais estão parados há algum tempo. “Há uma demanda de três mil habitações em Tubarão. O caso desta família poderia ingressar em um programa que chamamos de benefício eventual (uma ajuda financeira temporária), mas que também não nos é repassado por esferas superiores desde 2015. Desamparados não irão ficar, muito menos os deixaremos ir parar na rua. Vamos apoiar. A prefeitura pode arcar com parte de um auxílio e algum empresário pode entrar como parceiro, pelo menos até que o senhor João Carlos possa encontrar uma oportunidade de trabalho”, planeja Jane.

Com informações do Jornal Notisul