Alunos do Humberto de Campos pedem nova votação para diretor. Eles alegam fraude
Foto: Divulgação / Rádio Eldorado
Na manhã desta segunda-feira (28), dezenas de alunos do Colégio Estadual Humberto de Campos, em Criciúma, se recusaram mais uma vez a assistir às aulas. Os estudantes realizam protesto pedindo a anulação da última eleição para diretor da escola. O movimento é apoiado por pais e professores.
“A eleição foi no ano passado e, desde então, a gente tem reclamado sobre isso. Alguns votos de alunos foram anulados e rasgados porque, conforme uma professora, estavam rasurados com palavrões. Mas não tinha palavrão”, reclama Bruna Zeferino de Oliveira, mãe de um aluno do colégio.
Diversos cartazes e faixas foram colocados em frente à escola. Pelo menos 50 pessoas participaram do ato. “O que nós queremos é que os nossos votos tenham validade. Por isso, estamos pedindo uma nova eleição”, comenta a aluna Ana Carolina Bauer.
Representantes do Conselho Tutelar e policiais militares foram ao local. Conforme as conselheiras, não havia nenhum direito violado em frente à escola, já que somente alunos do 7º ano em diante participaram da manifestação.
Secretaria
Sem acordo com a Gerência Regional de Educação, um grupo de 15 pessoas vai a Florianópolis nesta segunda-feira. Pais, alunos e professores, apoiados pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação – Sinte, querem uma posição sobre o caso. “Vamos até a Secretaria de Estado da Educação. Já foi feito contato com eles por telefone e queremos uma solução”, comenta Bruna.
Explicação
A gerente regional de Educação, Jucilene Fernandes, confirmou que a eleição está validada, com a atual diretora efetivada no cargo para o qual, segundo ela, foi eleita. "O resultado da eleição foi homologado pela comissão estadual. Houve, no dia da eleição, a impugnação de uma urna, e a eleita venceu com votos de pais, responsáveis e funcionários da escola, entre os quais a eleita teve mais de 90% dos votos", confirmou.
Jucilene salientou que são mais de 800 alunos na Humberto de Campos, e apenas um pequeno grupo estaria protestando. "Muitos professores vieram para trabalhar e se depararam com essa situação", destacou. Questionada sobre a razão da destruição de votos da urna impugnada, a gerente minimizou o fato. "Essa comissão escolar, composta de pais, funcionários e professores, foi quem organizou toda a eleição. Não foi uma situação exclusiva de uma fiscal, de uma responsável. Durante todo o dia, tivemos várias situações que aconteceram na escola e também estão sendo apuradas", arrematou.
Com informações de Karol Carvalho / Rádio Eldorado