Geral

Professor alemão mostra técnicas de recuperação e elogia trabalho brasileiro

Foto: Lucas Jorge

Foto: Lucas Jorge

A recuperação de área degradadas foi tema do I Seminário de Recuperação de Áreas Degradadas, nesta terça-feira (17), no Auditório 1 da Satc. O evento idealizado pelo Ministério Público Federal contou com o apoio do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc) com o intuito de esclarecer questões referentes ao tema e buscar novas formas de recuperação.

“O Ministério Público tem fiscalizado os projetos de recuperação, mas no geral os resultados têm sido bons. Há bastante coisa a fazer ainda, mas todos estão empenhados para fazer bem o trabalho de recuperação ambiental”, disse o procurador do Ministério Público Federal, Darlan Airton Dias.

O seminário contou com a presença do palestrante alemão, Dr. Holger Weiss, que abriu o dia de palestras falando sobre os impactos e recuperação de áreas afetadas por mineração, além dos métodos utilizados na Alemanha e suas possíveis aplicações no trabalho realizado na região.

“Na Alemanha já são 25 anos de recuperação e tenho acompanhado muitos projetos de perto. O passivo de lá é bem maior que aqui na região de vocês. Eu estive nos locais de recuperação daqui e gostei muito do que vi. A parte de recuperação superior está muito adiantada, me impressionou muito a qualidade”, afirmou o professor Weiss.

15 anos de Recuperação Ambiental

O ano de 2015 marca os 15 desde a decisão da justiça para que as áreas degradadas pela mineração fossem recuperadas.

“Lembro quando saiu a decisão judicial e ninguém sabia o que fazer, mas com a ajuda de todos os projetos foram saindo e as áreas foram sendo recuperadas. Nós damos muito valor a inovação e principalmente nessa área a inovação tecnológica é muito importante, por isso temos muito estudo em cima das tecnologias de recuperação e o resultado é esse que o seminário mostra”, destacou o diretor executivo do Siecesc e presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Zancan.

O passivo ambiental trata-se de uma sentença de abrangência regional, que incide sobre três bacias hidrográficas: dos rios Araranguá, Urussanga e Tubarão. São 5.655 hectares impactados em superfície e até o momento foram mapeadas 818 bocas de minas abandonadas. Nestes 15 anos foram recuperados ou estão em fase de recuperação quase cinco mil hectares. 

Colaboração: Lucas Jorge/Assessoria de Imprensa Siecesc