Segurança

Professora é agredida por mãe de aluna, em Tubarão

O casso ocorreu na Escola de Ensino Fundamental Professor Noé Abate, no bairro São Clemente.

Uma nota de repúdio foi divulgada ontem pela direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) de Tubarão, para manifestar a indignação por um ato de violência praticado contra uma professora. O caso ocorreu na Escola de Ensino Fundamental Professor Noé Abate, no bairro São Clemente.

Este tipo de situação, registrada entre os próprios alunos e contra professores, não é mais tão incomum em vários lugares do Brasil se comparado há algumas décadas. A educação, que deve ser repassada pela família, nesse caso, lamentavelmente quem deveria dar o exemplo, foi o agressor. Lembrando que o papel da escola é ensinar e não educar.

Isto porque a mãe de uma aluna agrediu a educadora na escola. Uma reunião foi realizada nesta quarta-feira pela direção do Sinte, na instituição, e professores revoltados com o fato.

Conforme reportagem do jornal Notisul, segundo informações da direção do Sinte, na última segunda-feira, a estudante de 14 anos usava o celular no ambiente escolar. Inclusive, o direcionava para a professora, que lhe disse para não fotografá-la ou filmá-la. E pediu três vezes para guardá-lo. A garota não teria atendido o seu pedido. A professora, então, disse que as duas teriam uma conversa na próxima aula. Mas, no dia seguinte, com a versão contada pela filha na volta para casa, a mãe da aluna foi à escola.

Ela estava muito alterada e, como a educadora não teve chance de manter uma conversa saudável e contar o que, de fato ocorreu, saiu do local. Foi quando a mulher puxou os cabelos da docente, que teve mechas arrancadas, chegou a cair no chão e machucou a boca.

Uma servente teve que segurar a mãe da aluna para impedir o pior. Um boletim de ocorrência foi registrado e a vítima fez de exame de corpo de delito.

“Precisamos acabar com o uso do celular, isso é lei”

As professoras da Escola de Ensino Fundamental Professor Noé Abati estão temerosos com o que ocorreu na instituição. Além da que foi agredida, outros educadores também tiveram dificuldades com este tipo de problema e, inclusive, com a mesma aluna.

“Enquanto sindicato, daremos toda a cobertura jurídica, os professores estão bem indignados e com medo”, declara a coordenadora regional do Sinte, em Tubarão, Tânia Fogaça. Segundo ela, é preciso chamar os pais para uma conversa franca e definitiva.

“Temos que acabar com o uso do celular em sala de aula, isso é lei”, declara Tânia. Na próxima segunda-feira, uma reunião será realizada na gerência regional de educação (Gered) com educadores, a professora agredida e a direção da escola.

Quando a lei foi criada

Em 25 de janeiro de 2008, o então governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, sancionou uma lei que proíbe o uso de telefone celular nas salas de aula das escolas públicas e privadas. A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, em maio do mesmo, uma lei que proíbe alunos de usar celulares e aparelhos eletrônicos como MP3 players e videogames em escolas públicas e privadas.