Saúde

Profissionais da saúde iniciam greve nesta terça-feira

Os trabalhadores da saúde da região de Criciúma e vale do Araranguá entram em greve a partir da zero hora desta terça-feira (18) por tempo indeterminado. A paralisação inicia no Hospital São José de Criciúma e Hospital Regional de Araranguá e deve se estender para demais instituições ao longo da semana.

São cerca de mil trabalhadores no São José e 360 no Regional. Conforme Cléber Ricardo Cândido, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e região (Sindisaúde), o protesto começa nesses locais para organizar os trabalhadores e serem hospitais de expressão e visibilidade. A última greve no setor na região foi em 1991 no São José e durou 15 dias.

A paralisação foi aprovada nas Assembleias que aconteceram dias 12 e 13 de dezembro com votação secreta disponibilizada por meio de urnas fixas e itinerantes após uma intensa negociação entre os sindicatos patronal e do trabalhador, com seis mesas de reunião. No total são 15 hospitais no sul de Santa Catarina. Dos 1.661 votantes, 1.336 aprovaram a paralisação cerca 80,43% dos votos. 314 disseram não e 11 votos foram brancos e nulos.

Pelo percentual, no Hospital São José, 89,33% aprovou a greve, na Unimed 67,44%%, no São João 80,12%, na Santa Catarina 89,9%, no Regional de Araranguá 78,70%, no São Donato 80%%, nos hospitais da região norte 56% e nos hospitais do extremo sul 78,22%.  

Eles não aceitaram a última proposta patronal oferecida na sexta rodada de negociação de 7,58% de aumento entre INPC e ganho real e R$ 850,00 no piso.  A categoria reivindica: Redução da jornada; Reajuste salarial; Pisos por função; Fim do banco de horas; Vale-Alimentação e mais contratações de profissionais entre outros.

O sindicalista afirma que aConstituição Federal (Atr.9ª) e a Lei de Greve (7.783/89) garantem o direito dos trabalhadores à greve como uma ferramenta de luta. Porém será preservado o atendimento de emergência e a greve não servirá para prejudicar a população, e sim, para melhorar as condições de atendimento e valorização dos trabalhadores. “Por tratar-se de serviço essencial manteremos 30% dos atendimentos”, explica o presidente.