Educação

Proibir ou não o celular na sala de aula?

Foto: Divulgação/Internet

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Num primeiro momento parece uma pergunta “óbvia”, mas defendo a ideia que o óbvio muitas vezes precisa ser explicitado, pois sua banalização muitas vezes desvirtua seu sentido, transformando num caos o que deveria ser agregado normalmente  como um bem para o cidadão. Refiro-me ao uso das  redes sociais que  surgiram com o objetivo de deixar as pessoas  conectadas para receber formação e informação, estabelecendo ligações, partilhando  interesses, trocando experiências, conhecimentos. Não há como  negar o avanço significativo nos últimos tempos, no entanto, o uso desregrado de tais ferramentas pelos cidadãos tem trazido uma grande preocupação, em especial nas escolas.

Ignorar os avanços tecnológicos e o fascínio que despertam nas crianças, jovens e adultos é andar na contramão do progresso, pois eles estão conectados a uma sociedade digital que domina o todo, devendo a escola preparar-se para trabalhar essa geração que aí está. Falar de conexão com o mundo é falar de IPads, IPhones, Tablets, mas em especial de CELULAR que faz parte desde o mundo lúdico das crianças às grandes buscas na vida adulta. Esse equipamento hoje virou um grande sonho de consumo pelas formas como é apresentado e pela funcionalidade,  mas  tem trazido inúmeros transtornos a professores e dirigentes das escolas pela falta de maturidade em relação ao seu uso, pois quando mal utilizado o celular pode acarretar graves problemas educacionais, psicológicos e de saúde.

A evolução é inegável… Então, como lidar com ela? Se a tecnologia é um caminho sem volta, deve a escola proibir o uso do celular ou agregá-lo como ferramenta pedagógica?   É preciso que se trace um paralelo dos prós e contras da inserção do celular no cotidiano escolar, pois nossas escolas não estão equipadas para  essa evolução, nossos educadores não recebem formação para trabalhar com experiências tão significativas;  uma boa parte dos  jovens,  pela imaturidade que lhes é característica, perde grande parte do tempo navegando em  coisas que pouco ou em nada contribuem  para o enriquecimento pessoal e cultural. Distraem-se e ouvindo músicas, fazendo e/ou recebendo ligações, enviando torpedos, divertindo-se com jogos e tantos outros atrativos.

Por outro lado, o celular pode permitir aos alunos uma gama de oportunidades para desenvolver o processo de aprendizagem, como: pesquisas na Internet, criação de  textos, gravação de vídeos, desenvolver projetos,  enfim novas formas de buscar o conhecimento, mas para isso é preciso que o professor e a escola planejem o uso do equipamento, pois a criança e o adolescente  não têm maturidade suficiente para decidir sozinho.

Assim, como outras tantas  tecnologias,o celular  pode ser um grande aliado no trabalho escolar, mas é preciso que os educadores se preparem para esta nova  realidade, absorvendo a ideia de que as tecnologias da comunicação invadiram o mundo, e a escola como formadora de cidadãos para o mundo, não pode ficar alheia à nova sociedade que se impõe.