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Proteção em escada evitou desastre durante incêndio em edifício de Tubarão

Proteção em escada evitou desastre durante incêndio em edifício de Tubarão2

Foto: Guilherme Simon/DS

Passado um dia do incêndio no residencial Boulevard, no Centro de Tubarão, ocorrido na tarde dessa quarta-feira, as imagens do imponente prédio em chamas ainda impressionam. E não é para menos: o fogo destruiu quase um andar inteiro e causou danos em outros dois. Mas poderia ter sido muito pior.

Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Tubarão, o tenente-coronel Marcos Aurélio Barcelos, o funcionamento dos sistemas preventivos e em especial da escada à prova de fumaça permitiu que os moradores saíssem ilesos.

Proteção em escada evitou desastre durante incêndio em edifício de Tubarão2

Foto: Guilherme Simon/DS

“O prédio tem a chamada escada enclausurada, cercada por uma antecâmara que impede que a fumaça adentre, mantendo o ar limpo. Se não fosse isso, as pessoas teriam muita dificuldade para deixar o local e os bombeiros não teriam adentrado tão rapidamente para conseguir conter as chamas. O fogo teria tomado os demais apartamentos”, disse o comandante Barcelos.

Essa espécie de proteção na escada é um dos itens obrigatórios de prevenção contra incêndio. Ainda de acordo com o comandante, o prédio estava em dia com todos os itens e todos eles funcionaram perfeitamente. “Pela proporção do incêndio, uma soma de fatores fez com que não houvesse vítimas graves ou fatais. Uma delas certamente foi o sistema preventivo”, salienta o comandante.

O sistema hidráulico, composto de mangueiras e hidrantes de parede, foi outro instrumento importante para o combate às chamas.

No total, cinco pessoas foram resgatadas pelos bombeiros. Três delas precisaram de atendimento hospitalar por terem inalado fumaça, mas passam bem. Os outros moradores conseguiram deixar o prédio sozinhos ou com a ajuda de outras pessoas.

Investigação prossegue

A perícia que vai apontar as causas do incêndio iniciou ontem de manhã. Peritos do Corpo de Bombeiros Militar chegaram ao local por volta das 8h30min e saíram do prédio às 13h30min.

Porém, conforme o comandante Marcos Aurélio Barcelos, nenhuma informação sobre o que provocou as chamas será levantada sem que haja certeza. “A perícia de um incêndio como esse envolve uma série de etapas. E só ao fim desse processo, que pode durar 30 dias, é que informaremos as causas”, declarou Barcelos.

O fogo no prédio começou por volta das 17h de quarta-feira, num dos quartos do apartamento que ocupa o sétimo andar. As chamas rapidamente se espalharam para o restante dos cômodos e para andares superiores.

O primeiro trabalho dos bombeiros foi de resgatar os moradores e se certificar de que não havia riscos para os prédios vizinhos. Enquanto isso, as equipes dos caminhões subiram no prédio para iniciar o combate às chamas. A equipe avançou aos poucos, confinou o fogo no cômodo de origem e conseguiu extinguir os focos. No total, 15 soldados atuaram na ocorrência. O incêndio foi contido por volta das 18h40min e os trabalhos, finalizados perto das 20h.

Porteiro subiu até 8º andar para salvar criança

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Foto: Guilherme Simon/DS

Uma das primeiras ações de Luiz Carlos Mendes, porteiro do residencial Boulevard, foi subir até o oitavo andar do prédio para salvar uma criança. “Eu sabia que tinha uma criança naquele apartamento, então subi correndo. Mas alguém já tinha descido com ela”, conta.

Esse foi um dos momentos de tensão que ele vivenciou nessa quarta-feira. “Nunca tinha passado por algo parecido na vida. Foi um susto muito grande”, comenta.

Porteiro do prédio há nove anos, Luiz relembra que estava na guarita quando viu a fumaça. “A princípio, achei que fosse algo no apartamento da síndica, que fica no oitavo andar. Então liguei para ela, que me disse que lá estava tudo normal. Logo depois percebi que era algo grave”, conta.

Luiz então imediatamente ligou para os bombeiros e acionou o alarme do prédio. “Sorte que tinha pouca gente em casa. A maioria estava trabalhando”, diz.

Ontem, mais calmo, o porteiro era uma das poucas pessoas no residencial. O prédio, de dez andares, permaneceu praticamente vazio o dia todo por conta do forte cheiro de fumaça. “Muita gente passou a noite em hotéis da cidade e ainda não voltou”.

A expectativa é de que a rotina no prédio comece a voltar ao normal a partir desta sexta-feira.

Com informações do Jornal Diário do Sul

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