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Protesto de caminhoneiros continua neste sábado em trechos de rodovias no Oeste de Santa Catarina

Chegou a nove o número de pontos bloqueados nas estradas

Após caminhoneiros e agricultores fecharem diversos pontos da BR-282 e da BR-158, além do trevo de acesso ao município de Belmonte, no Extremo-Oeste de Santa Catarina, chegou a nove o número de pontos interrompidos para trânsito de caminhões no Estado, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal – PRF e da Polícia Militar Rodoviária – PMRv.

Na meio da tarde deste sábado, manifestantes fecharam ao menos mais três pontos em rodovias federais: em Nova Erechim (BR-282, Km 571); em Palmitos (BR-158, Km 139); e em Pinhalzinho (BR-282, Km 572). Segundo o site G1 SC, eles estão permitindo apenas a passagem de carros de passeio, ônibus, cargas perecíveis e veículos oficiais.

Centenas de caminhões estão parados

Na SC-496, em Belmonte, a interrupção começou na tarde deste sábado e pelo menos 10 veículos estavam parados às margens da rodovia por volta das 16h.

Já em São Miguel do Oeste – o local com mais caminhões parados, no trevo da BR-282 com a SC-163 –, os manifestantes também bloqueavam cargas de leite e ração, afirmando que só liberariam quando os agricultores se incorporassem ao movimento. A passagem para o transporte destes itens foi liberada por volta das 13h30min deste sábado.

A PRF não possui informações atualizadas da tarde deste sábado sobre o número de manifestantes ou veículos bloqueados, mas no fim da manhã, a estimativa é que fossem mais de 500 caminhões parados em São Miguel do Oeste; e 100 em Maravilha, próximo ao posto da Coocatrans (BR-282).

Em Xanxerê, a manifestação também iniciou na tarde deste sábado. A PRF informa que, como nos demais bloqueios, cargas perecíveis, carros de passeio, de transporte coletivo e de emergência estão sendo liberados.

Há pontos interrompidos também em São José do Cedro (Km 100 da BR-163) eCunha Porã (Km 109 da BR-158). 

A paralisação dos caminhoneiros ganhou força na sexta-feira. Motoristas protestam contra o aumento dos combustíveis e más condições das estradas, entre vários outros itens. 

Eles entregaram um pauta de reivindicações ao deputado estadual Mauro de Nadal, que esteve no local e ficou encarregado de fazer uma ponte entre os manifestantes e autoridades dos governos estadual e federal. O deputado também publicou um vídeo na internet defendendo o movimento.

O movimento é independente, liderado por caminhoneiros autônomos da região. O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes e Transportadores do Oeste e Meio-Oeste Catarinense – Setcom, Paulo Sermione, afirma que a organização não tem envolvimento com o protesto, mas apoia as reinvidicações.

No final da tarde a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina – Fetaesc anunciou o apoio ao motoristas. Já o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul – Fetraf-Sul, afirmou que a entidade não foi convidada oficialmente. Ele destacou que cada categoria deve buscar defender suas reivindicações.

Municípios tem desabastecimento

A paralisação já começa a causar transtornos na região. Em São Miguel do Oeste já começa a faltar combustível em alguns postos, segundo informações do portal da Rede Peperi.

O presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, disse estar preocupado com a possibilidade do movimento seguir na próxima semana. A Aurora tem um frigorífico em São Miguel do Oeste, onde abate 1.850 suínos por dia, e outro em Maravilha, onde abate 136 mil aves por dia.

Ele afirmou já há um aumento de custos, pois os produtos que passavam pela BR 282 estão tendo que encontrar rotas alternativas por rodovias estaduais, por Anchieta, Campo Erê e Modelo. As cargas vivas continuam sendo bloqueadas. 

 

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